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O que os dados de emprego nos EUA apontam sobre os próximos passos do Fed? BofA avalia

Segundo a instituição americana, a inflação do país está estagnada acima da meta

O que os dados de emprego nos EUA apontam sobre os próximos passos do Fed? BofA avalia
Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos (Foto: Adobe Stock)

O Bank of America Securities acredita que, após os dados do payroll (relatório dos EUA sobre folha de pagamento de setores não-agrícolas do país) “muito fortes”, o ciclo de corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) acabou e a conversa muda agora para outra sintonia: o de alta.

A inflação está estagnada acima da meta, lembra a instituição. Em dezembro, o Fed não só melhorou significativamente o seu cenário base para 2025, como também indicou que os riscos de inflação estavam enviesados para cima e a atividade econômica está robusta, pontua o banco em relatório. “Vemos poucos motivos para flexibilização adicional”, conclui o economista do BofA Securities para os EUA, Aditya Bhave.

O BofA Securities espera que o Fed mantenha as taxas básicas de juros estáveis por um período prolongado. “Mas achamos que os riscos para o próximo passo estão direcionados para um aumento”, diz o analista.

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Para a instituição, a aumentos, provavelmente, estarão em jogo se o núcleo do índice de preços dos gastos com consumo pessoal (núcleo do índice PCE) exceder 3% e/ou as expectativas de inflação a longo prazo se tornarem desancoradas.

No próximo mês, haverá a revisão anual para a pesquisa sobre emprego. As vagas criadas deverão ser revistadas em baixa em cerca de 1 milhão, a partir de abril de 2023, projeta. “Não pensamos que isto alterará o rumo do Fed, uma vez que as revisões dos últimos meses deverão ser, principalmente, uma mudança de nível para baixo. Os dados revistos, provavelmente, ainda mostrarão que o mercado de trabalho se estabilizou, após um contratempo no verão/início do outono (no Hemisfério Norte)”.