A Oi registrou lucro líquido bilionário no primeiro trimestre de 2022, revertendo prejuízo do mesmo período do ano anterior, diante de impacto positivo da linha financeira, apontam números da empresa de telecomunicações divulgados na terça-feira à noite.
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A publicação do balanço ocorreu após adiamentos pela companhia por causa de dificuldades de auditoria relacionadas ao processo de venda de ativos.
A Oi teve lucro líquido atribuído aos acionistas controladores de 1,782 bilhão de reais no primeiro trimestre de 2022, frente a prejuízo de 3,038 bilhões de reais um ano antes.
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O resultado inclui operações descontinuadas, como de telefonia móvel, os quais a empresa alienou como parte de sua recuperação judicial, mas que vão sendo transferidos de modo gradual.
A recuperação judicial da Oi teve o relatório final entregue à Justiça mais cedo nesta semana.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) de rotina, que exclui fatores extraordinários, foi de 1,252 bilhão de reais, crescimento de 9,9% na comparação anual. O número veio bem próximo do já indicado pela companhia, de 1,22 bilhão de reais, em divulgação preliminar na semana passada.
A receita líquida total da Oi no trimestre encerrado em março ficou em 4,415 bilhões de reais, 0,9% abaixo do registrado no mesmo período de 2021.
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O balanço da companhia foi beneficiado por um resultado financeiro líquido de 1,874 bilhão de reais, contra prejuízo de 3,945 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2021, com efeito da valorização do real ante o dólar.
A dívida líquida da Oi fechou o trimestre em 31,420 bilhões de reais, patamar 3,5% menor do que no final de 2021. A empresa destaca que foi realizada a quitação integral de algumas dívidas, incluindo 4,6 bilhões de reais ao BNDES, desde o final de março.
Fibra óptica
A receita líquida com fibra ótica, o que engloba negócios para clientes residenciais e pequenas empresas, cresceu 54,3% em um ano, para 913 milhões de reais. O número de casas conectadas (HC) à tecnologia foi a 3,534 milhões, com adição de cerca de 154 mil acessos no trimestre.
A Oi disse que há umas desaceleração das adições líquidas desde os últimos meses de 2021, o que ela atribui principalmente às condições macroeconômicas e seus impactos no cancelamento involuntário e na inadimplência.
“A companhia seguiu reforçando e sofisticando seus modelos de crédito, para garantir um crescimento com qualidade e rentabilidade, que em primeiro momento impacta diretamente o volume de vendas, mas com expectativa de redução do nível de churn (cancelamento) ao longo do segundo semestre”, disse a Oi.
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O negócio de fibra é visto como a principal fonte de crescimento da companhia daqui para frente.