Após dois dias de debates na assembleia geral de credores (AGC), a Oi (OIBR3) conseguiu chegar a uma proposta final com os detentores de suas dívidas. “A boa notícia é que companhia e credores chegaram a um bom termo”, disse o presidente da empresa, Mateus Bandeira. “Hoje chegamos a acordo com fornecedores torreiras e chegamos a acordo com grupo relevante de bondholders.”
Leia também
O executivo destacou a necessidade de liquidez para manter a Oi e dar materialidade do plano de recuperação judicial. “A liquidez é pilar fundamental para o plano. Mas, com os compromissos de hoje, esse pilar está plenamente atendido.”
Os recursos virão de um grupo de credores internacionais, que vão prover US$ 500 milhões, e da V.tal, que tem compromisso de prover de US$ 100 milhões a US$ 150 milhões. Além disso, os credores internacionais têm um compromisso de empréstimo ponte de R$ 125 milhões, disse o executivo. Bandeira também disse que ficou mantida a diluição que estava prevista na versão anterior do plano.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O consultor Antônio Rabelo disse que o texto reafirma a venda de ativos no plano de recuperação. Segundo ele, o valor mínimo para a ClientCo (Oi Fibra) é de R$ 7,3 bilhões, e a empresa será dividida em lotes regionais para maximizar valor. “Com a pré-alienação da ClientCo, a Oi garante liquidez via US$ 650 mi e imóveis”, disse o consultor.
“A Oi poderá organizar uma segunda rodada de processo competitivo com mais flexibilidade se houver frustração do processo competitivo ou não chegar a valor mínimo.” Os resultados das vendas de imóveis até R$ 100 milhões ficarão para a companhia. O que for obtido acima
desse valor, será dividido entre companhia e credores.
A proposta também fixa que, dos nove membros do conselho, três serão apontados pelo plano, informou o diretor jurídico da Oi, Thales Paixão. Conforme Thales Paixão, diretor jurídico da Oi, os novos membros serão indicados após conversão de dívida em capital.
“Não tendo provimento dos recursos, a companhia não tem como cumprir compromissos. Também esperamos que haja acordo com Anatel no TCU, que é uma questão resolutiva do novo plano.”
Publicidade