O ouro fechou em alta nesta terça-feira, em uma sessão na qual as commodities, em geral, continuaram sendo beneficiadas pela queda do dólar. Além disso, segue no radar dos investidores as perspectivas de ajuste monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e possíveis problemas na demanda pelo metal.
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O ouro para abril, contrato mais líquido, fechou em alta de 0,28%, em US$ 1.801,50 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
De acordo com Edward Moya, analista da Oanda, o ouro está se recuperando à medida que as expectativas de aperto monetário agressivo diminuem, com investidores duvidando que o Fed comece a alta de juros com meio ponto porcentual. Ele destaca que o presidente da distrital de Filadélfia do Federal Reserve (Fed), Patrick Harker, sinalizou que atualmente apoia a ideia de quatro aumentos de 25 pontos-base este ano e não está convencido de que eles devam começar com um aumento de 50 pontos-base em março. “O ouro também recebeu um impulso com os temores de que os dados do payroll dos Estados Unidos teriam uma grande perda depois que a secretária de imprensa da Casa Branca, Jean Psaki, disse que cerca de 9 milhões de pessoas ficaram doentes no início de janeiro”, analisa Moya.
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Por outro lado, para o TD Securities, a impressão de empregos fracos não deve influenciar o Fed em seu tom decisivamente agressivo, mas a demanda chinesa pode ser empecilho a alta dos preços do metal. “Esperamos que o complexo de metais preciosos tenha dificuldades para atrair capital neste contexto. Dado que a demanda chinesa apoiou predominantemente o ouro nas últimas semanas, uma pausa sazonal após o Ano Novo Lunar pode marcar o fim da demanda chinesa de suporte, sugerindo que os preços estão vulneráveis”, analisa o banco em relatório enviado a clientes.
O Commerzbank destaca que o World Gold Council (WGC) publicou seu relatório trimestral sobre a situação do mercado de ouro na sexta-feira. “A demanda por joias cresceu dois terços em relação ao ano de 2021 como um todo, os bancos centrais também compraram significativamente mais ouro (+82%), diversificando ainda mais sua moeda reservas”, afirma.