O contrato futuro de ouro mais ativo fechou em alta hoje, ajudado pela enfraquecimento do dólar no mercado internacional e pela queda dos juros longos dos Treasuries.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou a sessão com ganho de 0,30%, a US$ 1.798,80 a onça-troy.
Nos últimos dias, o metal precioso tem se mostrado sensível às oscilações dos mercados de renda fixa e câmbio. Como compete com os títulos públicos como reserva de segurança, o ouro tende a se beneficiar em momentos em que os rendimentos estão em baixa.
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O analista Carsten Menke, do Julius Baer, explica que os últimos movimentos de retomada do ouro foram abreviados por fatores técnicos. “Os preços começaram quatro períodos de recuperação desde a primavera no Hemisfério Norte, refletindo a fraqueza temporária do dólar americano ou a queda temporária dos rendimentos dos títulos reais dos EUA, mas todos eles encontraram resistência”, lembra.
O especialista entende que, apesar da recente escalada, a inflação global ainda não está em nível alto suficiente para deflagrar uma busca por ouro, como ocorreu durante o ciclo inflacionário dá década de 1970 nos Estados Unidos. A partir do entendimento de que a tendência é temporária, ele acredita que o ouro deve ficar de lado.
“As oscilações de preços de curto prazo e impulsionadas pelo sentimento podem aumentar, mas qualquer recuperação que não seja apoiada por investidores em busca de portos-seguros deve encontrar resistência, enquanto o crescimento global permanecer em modo de recuperação”, conclui.