O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta-feira. No radar dos investidores, estão as negociações entre Rússia e Ucrânia sobre a guerra, além dos posicionamentos de líderes do Ocidente sobre o conflito. Inversão nas curvas de juros dos Treasuries também estão no radar.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho subiu 1,09%, a US$ 1.939,00 por onça-troy.
Os negociadores ucraniano e russo se manifestaram sobre as conversas. O primeiro expressou otimismo quanto à rodada de negociações mais recente, enquanto o segundo afirmou que a Ucrânia se mostrou disposta a atender determinadas exigências de Moscou.
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Paralelamente, no entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelesnky disse que conversou com o presidente americano, Joe Biden, sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia. O premiê britânico, Boris Johnson, também defendeu o endurecimento das medidas até que as tropas russas deixem a Ucrânia. Em relatório, o Commerzbank destaca que os governos do Ocidente estão céticos sobre o comprometimento da Rússia em retirar parcialmente suas tropas. O banco alemão menciona ainda que os operadores no mercado do ouro parecem já ter precificado um aperto monetário mais rápido pelo Federal Reserve (Fed), o que levaria à reação marginal do metal precioso em relação aos dados de emprego dos Estados Unidos, divulgados mais cedo.
O TD Securities, por sua vez, observa que a inversão nas curvas de juros das T-notes de 2 e 10 anos tem alimentado as conversas sobre uma recessão no horizonte. “Com isso, apesar das tensões geopolíticas e a sinalização de uma recessão na economia americana pela curva de juros, os riscos de baixa para os preços do ouro se mantêm diante de um cenário hawkish para o Fed e as negociações sobre cessar-fogo”, afirma.