O ouro fechou em leve alta nesta quarta-feira (29), após o dólar perder força no exterior em meio a declarações do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, sobre a necessidade de tarifas globais. O metal também teve apoio da fuga do risco em Wall Street, mas foi limitado pelas expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) mantenha as taxas de juros inalteradas na reunião de hoje.
O ouro para fevereiro fechou em leve alta de 0,08%, a US$ 2.769,80 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Nesta sessão, o metal precioso oscilou próximo à estabilidade, sendo pressionado pela alta dos juros dos Treasuries e pelo dólar em antecipação à decisão do BC americano, mas teve fôlego renovado após a divisa americana perder força ante rivais fortes.
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Em audiência no Senado dos EUA, Lutnick afirmou que a Casa Branca planeja impor tarifas regulares sobre produtos importados de outros países a partir de abril, além de novas tarifas específicas para México, Canadá e China. Ele reconheceu a possibilidade de aumento de preços, mas destacou que nem todas as políticas do governo Trump serão inflacionárias.
A TD Securities aponta que a atividade de compra do metal precioso deve continuar, mantendo um impulso positivo para o ouro, especialmente diante da reunião do Fed. Segundo a instituição, os fundos macro ainda permanecem 20% abaixo dos níveis vistos nas eleições dos EUA, sugerindo espaço para compras adicionais caso ocorra um posicionamento mais ‘dovish’ na reunião do Fed ou caso o ouro atinja novos máximos históricos, atraindo mais investidores para o ativo de segurança em busca de lucro.
A SP Angel pontua que “os preços do ouro tiveram uma série volátil de sessões, subindo na sexta-feira antes de uma venda acentuada na segunda-feira”. A instituição afirma que a reunião de hoje do Fed deve confirmar as expectativas de taxas de juros estáveis após as preocupações com o recente aumento da inflação.
*Com informações da Dow Jones Newswires
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