

Os preços do ouro encerraram em alta nesta quarta-feira (9), se aproximando dos níveis recordes alcançados recentemente.
A disparada na busca por ativos de segurança, diante do aumento da tensão comercial global, sustentou o apetite pelo metal precioso. O fechamento dos negócios ocorreu antes do anúncio de revisão em relação à imposição de tarifas recíprocas pelo presidente Donald Trump – saiba tudo nesta matéria.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do ouro para junho subiu 2,98%, fechando em US$ 3.086,2 por onça-troy. Na máxima, o metal dourado atingiu US$ 3.117,1.
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“O movimento de alta destaca o apelo do ouro diante do selloff (liquidação) global motivado pelas tarifas dos EUA e pelas medidas retaliatórias da China”, afirma Fawad Razaqzada, da StoneX.
Para Christopher Wong, estrategista de câmbio do Oversea-Chinese Banking Corp, o rali também reflete a crescente ansiedade dos investidores com as ameaças tarifárias e uma possível reconfiguração das regras do comércio internacional. “O ouro continua sendo visto como uma proteção contra a instabilidade”, avalia Bart Melek, chefe de estratégias de commodities da TD Securities.
Segundo ele, o ouro em barras subiu mais de 17% em 2025, batendo vários recordes ao longo do ano. Outro fator que ajudou a impulsionar os preços foi a expectativa crescente de uma desvalorização do yuan chinês, que atingiu mínimas históricas durante a madrugada, segundo a SP Angel.
A China foi uma compradora significativa do metal em 2024, tanto por parte dos consumidores quanto do banco central, que aumentou suas reservas em meio às preocupações com o crescimento econômico, acrescentam os analistas.
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Na semana passada, o ouro chegou a ser afetado pela onda de liquidação global, mas segue entre os ativos com melhor desempenho no ano. O Deutsche Bank revisou suas projeções e agora vê o ouro a US$ 3.139 no fim de 2025.