O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o mercado erra nas previsões. A afirmação foi realizada em entrevista coletiva com a imprensa nesta quinta-feira (28). A fala surgiu em um momento em que o ministro tenta reforçar que o governo está comprometido com o arcabouço fiscal, de manter o déficit público em 2024 em até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
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“O mercado erra nas previsões. O mercado fez profecias não realizadas. O Focus previa um crescimento de 1,5% do PIB. Nós estamos com um crescimento de quase 3,5%. O mercado estimava um déficit de 0,8% do PIB, tirando o Rio Grande do Sul, estamos com um déficit de 0,25%. Vale lembrar que o Rio Grande do Sul foi um evento que não dá para orçar”, aponta Haddad.
O Ministro da Fazenda comentou que para o mercado melhorar as suas previsões, ele precisa fazer uma releitura das ações do governo. “Nem em termos de crescimento, nem em termos de déficit, o mercado acertou. Ele errou no crescimento, e não foi pouco, ele errou feio. O mercado estimou um crescimento de 1,5% e não 3%”, argumentou o ministro.
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Durante a coletiva, o ministro também comentou sobre quando deve passar a valer a medida que isenta o pagamento de Imposto de Renda das pessoas que recebem até R$ 5 mil por mês. Para mais detalhes, veja esta reportagem. Fernando Haddad também comentou como vai funcionar a política do aumento do salário mínimo, que será vinculado ao arcabouço fiscal.
A mudança na regra de reajuste do salário mínimo terá um impacto econômico de R$ 2,2 bilhões em 2025 e de R$ 9,7 bilhões em 2026. Em 2027, a estimativa de impacto é de R$ 14,5 bilhões; de R$ 20,6 bilhões em 2028; de R$ 27,8 bilhões em 2029; e de R$ 35 bilhões em 2030, segundo informações do Broadcast. Para mais detalhes sobre o como será o reajuste do salário mínimo após o pacote fiscal de Fernando Haddad, leia esta reportagem.