Os ativos brasileiros de risco vivem uma baixa no ciclo que tem paralelo com o período pré-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, na visão de Alexandre Sabani, gestor da Perfin Equities. A diferença fundamental, e que traz otimismo, é a perspectiva futura.
Leia também
“Em 2015 a perspectiva para os dois anos seguintes é que o horizonte dois anos à frente era péssimo. Agora, as empresas estão saudáveis, na média”, disse o executivo durante evento da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
Com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Sabani indica que a alocação em fundos de ações está em seu segundo pior momento dos últimos 24 anos. A indústria de ações encolheu a ponto de representar apenas 4,18% em uma projeção das carteiras de investimentos. O “copo cheio” de um patamar tão baixo é que não há muita margem para piora, diz o gestor.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A recuperação depende essencialmente da política monetária e dos ajustes fiscais. “São dois fatores que, se bem executados, são gatilhos gigantescos para a Bolsa passar por ciclo muito positivo nos próximos dois, três ou quatro anos”, afirma.
Sobre a conjuntura para os negócios, há boa perspectiva para setores que dependem de crédito, avalia Sabani. “Depois de um longo período, quase três anos, os grandes bancos estão com guidance muito forte de crescimento de carteira de crédito. Isto faz diferença muito grande para economia.” O mercado de incorporação imobiliária tem falado que o valor geral de vendas (VGV) está voltando a crescer e os projetos de infraestrutura estão em evidência, de acordo com o gestor.