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Banco reitera recomendação para ações da Petrobras (PETR3); veja avaliação

O Santander estabeleceu o preço-alvo para 2025 de R$ 43 para a ação, um potencial de valorização de 3,71%

Banco reitera recomendação para ações da Petrobras (PETR3); veja avaliação
Fachada da Petrobras (PETR3;PETR4). Foto: Adobe Stock

O Santander (SANB11) reiterou a recomendação neutra para os papéis da Petrobras (PETR3), com preço-alvo para 2025 de R$ 43 para a ação ordinária, o que representa um potencial de valorização de 3,71% sobre o último fechamento, na segunda-feira (15), apesar do “perfil rentável” da empresa, destacou o banco em relatório nesta terça-feira (16).

“A nossa visão cautelosa, que não está relacionada com as recentes mudanças de gestão, é sustentada por três pilares”, argumentam os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz. Dentre os motivos, está a convicção de que a Petrobras atravessa o mais desafiador período do seu plano estratégico para 2024-28 que, juntamente com outros desembolsos de dinheiro pontuais, deverá aproximar a posição de caixa do seu nível de referência e deixar pouco espaço para dividendos extraordinários em 2025.

Além disso, o Santander cita um perfil de produção rentável que, no entanto, fica atrás dos seus pares em termos de crescimento e substituição de reservas.

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O banco ainda menciona que a empresa conta com um valuation (valor do ativo, cálculo em que é possível estimar o preço mais provável do ativo ou empresa em dado momento) justo, com as ações agora negociadas a aproximadamente 20% do fluxo de caixa livre anual e em torno de 9% dos dividendos de 2025. “Embora reconheçamos as operações de referência da empresa e monitoremos potenciais oportunidades exploratórias, acreditamos que as ações poderão oferecer um potencial de valorização limitado a curto prazo”, ressaltam.

“Devido à introdução de muitos navios utilizados na exploração de petróleo arrendados até o quarto trimestre de 2025, em nossa opinião, existe o risco de ultrapassar o limite máximo da dívida bruta de 65 bilhões de dólares, o que teria impacto na política de dividendos baseada no fluxo de caixa livre, a menos que a gestão de passivos seja inovadora e a dívida financeira seja reduzida” destaca a casa, que prevê passivos de locação atingindo US$ 41 bilhões até o final de 2025.

A redução da dívida financeira, combinada com outras saídas de caixa (ou seja, dividendos extraordinários, acordos fiscais e potenciais fusões e aquisições), poderiam levar a posição de caixa para US$ 9-10 bilhões, perto da referência de US$ 8 bilhões, segundo os analistas.

“Na nossa opinião, isto deixa pouco espaço para dividendos extraordinários adicionais além dos US$ 4,5 bilhões já previstos para serem pagos no segundo semestre de 2024 e no primeiro trimestre de 2025, a menos que o teto da dívida de US$ 65 bilhões dos EUA seja elevado no próximo plano estratégico”, acrescentaram.

Apesar de ter um perfil de produção rentável, Santander diz ver Petrobras ficando atrás de seus pares na taxa de crescimento anual composta de 5 anos e na reposição de reservas. “A substituição de reservas é fundamental em nossa opinião, especialmente tendo em vista os problemas de atrasos no licenciamento da Margem Equatorial, que podem representar 15-30% do valor de mercado”, finaliza o banco.

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