

O BTG Pactual considera que os novos leilões de excedentes de petróleo em campos já em produção devem ter um impacto limitado sobre as ações da Petrobras (PETR3; PETR4). Todavia, o banco pondera que é cedo para tirar conclusões definitivas sobre o assunto, mas mantém a estatal como sua principal escolha no setor, por conta de seu balanço enxuto e geração robusta de fluxo de caixa livre, mesmo com o preço do petróleo mais baixo.
Nas últimas semanas, relata o banco, notícias indicam que o governo espera arrecadar entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões através dos leilões. Porém, o orçamento se baseia em um suposto preço de US$ 80 por barril. Desta forma, a receita fiscal do setor pode não atingir o esperado, visto que o preço médio no ano, até agora, é de US$ 73 por barril.
“No passado, houve discussões sobre a possibilidade de securitizar as receitas futuras de produção sob o regime de lucro do petróleo. Mas acreditamos que esse caminho é improvável de avançar, pois poderia potencialmente entrar em conflito com a Lei de Responsabilidade Fiscal do Brasil”, explicam os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez, em relatório.
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Baseando-se nesses fatos, o trio explica que espera impactos limitados diante da inexistência de documentos oficiais sobre a licitação. Além disso, o BTG considera os números do governo otimistas, levando em conta dados dos excedentes dos últimos 12 meses: na área de Tupi foi de apenas 0,5%; em Mero representou 3,6%; e em Atapu, 1,2% do total de produção.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), com preço-alvo de US$ 20 para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas), o que representa um potencial de valorização de 74,06% em relação ao último fechamento.