A aprovação do aumento de 43,88% dos salários para a diretoria executiva da Petrobras (PETR4) e para os membros do Conselho de Administração não foi unânime, informou a Petrobras ao Broadcast. Tanto o presidente do Conselho Gileno Gurjão Barreto, quanto a conselheira Ieda Cagni, que devem deixar os cargos em abril, votaram a favor de um reajuste de 16,43%, que é a recomposição do INPC dos últimos 24 meses e foi sugerido pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).
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A proposta de reajuste de 43,88%, que representa a recomposição pelo INPC do período de 2013 a 2022, foi aprovada pela maioria na reunião do dia 22 de março – Jônathas Castro, Ricardo Soriano de Alencar, José João Abdalla Filho e Marcelo Gasparino. Apenas o conselheiro Edison Garcia não participou da votação, por problemas de saúde. Os conselheiros Jean Paul Terra Prates (presidente da Petrobras), Rosangela Buzanelli Torres, Francisco Petros e Marcelo Mesquita se abstiveram na deliberação sobre as propostas de remuneração acima citadas, já que devem permanecer no Conselho.
Ontem, a Petrobras enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) os nomes recebidos pelos acionistas minoritários para a composição do Conselho. Duas indicações para o Conselho de Administração e outras quatro para o Conselho Fiscal, cuja eleição para oito vagas ocorrerá na Assembleia Geral Ordinária (AGO) prevista para o dia 27 de abril.
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Para o Conselho de Administração, foram indicados José João Abdalla Filho e Marcelo Gasparino da Silva. Já para o Conselho Fiscal, os nomes são: Michele da Silva Gonsales Torres, Aloisio Macário Ferreira de Souza, João Vicente Silva Machado e Rochana Grossi Freire.
Comitês
Além de ser contra o aumento de 43,88%, Gileno Gurjão Barreto e Ieda Cagni também não acompanharam o voto da maioria na proposta de elevação das remunerações dos membros de todos os comitês do Conselho de Administração para 30% da remuneração dos diretores, a exemplo do que já se pratica para o Comitê de Auditoria Estatutário (CAE) e o Comitê de Auditoria Estatutário do Conglomerado (CAECO). Os dois membros defenderam o estabelecimento de remuneração de 10% da remuneração média mensal dos diretores para todos os membros de todos os Comitês do Conselho.
Foi aprovada por maioria no Conselho de Administração a proposta de elevação das remunerações dos membros de todos os comitês para os mesmos 30% da remuneração da Diretoria Executiva já praticados para os membros do CAE/CAECO.
“O reajuste nesses gastos se refere a adequação da remuneração e benefícios dos membros destes comitês à complexidade das tarefas executadas, além de adequação às práticas existentes no mercado”, informou a Petrobras.
As propostas sobre os aumentos de remuneração ainda serão enviadas para avaliação da Sest e também serão obrigatoriamente submetidas anualmente à votação dos acionistas em assembleia ordinária.
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