O Conselho de Administração (CA) da Petrobras (PETR4) rejeitou, por unanimidade e diferentes fundamentos, a indicação de Efrain Cruz para o colegiado. A informação consta na ata da reunião de 29 de março, divulgada somente hoje, 19 dias depois, pela Petrobras. Cruz é a quarta reprovação do conselho, a pouco mais de uma semana da Assembleia Geral Ordinária marcada para 27 de abril.
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A notícia se torna pública três dias depois de o Broadcast revelar uma troca de ofícios entre a Petrobras e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos últimos 15 dias. O documento, ao qual a reportagem teve acesso, revela que o Ministério de Minas e Energia (MME), responsável direto pelas indicações da União ao CA da estatal, informou em 3 de abril que a União “manterá” os candidatos considerados inelegíveis por lei.
Defensora minoritária de Cruz ao conselho, a conselheira e presidente do Comitê de Pessoas/Elegibilidade, Iêda Aparecida de Moura Cagni, reconheceu, no entanto, na reunião do dia 29 haver impedimento para sua eleição “por força do indicado ser titular de cargo em comissão na Administração Pública Federal sem possuir vínculo permanente com o serviço público”, o que é vedado pelo Estatuto Social da Petrobras.
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Antes de Cruz, já haviam sido reprovados pelo conselho da Petrobras o secretário de Petróleo e Gás do MME, Pietro Mendes, e o físico e dirigente do PSB, Sergio Rezende. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, engrossa a lista das rejeições o advogado Renato Campos Galuppo. Segundo a reportagem, ele foi vetado por suas ligações recentes com o Solidariedade e falta de experiência para o cargo.