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Petróleo fecha em alta, após Opep+ anunciar corte na produção

No pregão eletrônico da Nymex o barril do WTI para outubro ganhava 2,26%

Petróleo fecha em alta, após Opep+ anunciar corte na produção
Plataforma de petróleo (Foto: Envato Elements)

(André Marinho, Estadão Conteúdo) — Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta segunda-feira, após o grupo que reúne países exportadores (Opep+) anunciar corte na produção. A decisão fez com que as cotações vencessem o clima de cautela geral nos mercados, em meio a novas interrupções no fornecimento de gás natural russo à Europa.

No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), por volta das 14h45 (de Brasília), o barril do WTI para outubro ganhava 2,26%, ou US$ 1,92, a US$ 88,84. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro fechou com avanço de 2,93%, ou US$ 2,73, a US$ 95,75.

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) informaram, nesta segunda-feira, que farão corte de 100 mil barris por dia (bpd) na oferta da commodity, na contramão da pressão ocidental por aumento do fornecimento.

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A notícia intensificou os ganhos do ativo no mercado internacional, em um dia de menor liquidez por conta de um feriado que suspendeu os negócios em Wall Street. A decisão do cartel reflete os temores de que a desaceleração da economia global cause uma recessão e diminua a demanda por petróleo, cujas cotações caíram recentemente.

Com o corte, a Opep+ contraria os reiterados pedidos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por aumento na produção, diante dos efeitos da guerra na Ucrânia sobre os preços. Apesar disso, a Capital Economics entende que o impacto na oferta geral será simbólico.

“O quadro amplo é que a Opep+ está produzindo bem abaixo de sua meta de produção e parece improvável que isso mude, uma vez que Angola e Nigéria, em particular, parecem incapazes de retornar aos níveis de produção pré-pandemia“, explica.

A estatal russa Gazprom manteve hoje a interrupção no fornecimento no gasoduto Nord Stream 1, o que ampliou as preocupações por uma crise energética e provocou a disparada nos preços de gás.

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