Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (22), em sessão marcada por certo alívio com a visão de que o mercado chinês deverá contar com maior liquidez após notícias positivas sobre a crise fiscal da incorporadora Evergrande. Além disso, a publicação de dados de estoques nos Estados Unidos apresentou mais um recuo semanal, o que analistas observam como uma contínua dificuldades para o aumento da produção no país, que ainda é afetada pelo furacão Ida no Golfo do México.
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O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 2,47% (+US$ 1,74), a US$ 72,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 2,46% (+US$ 1,83), a US$ 76,19 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os investidores apostaram que, com a probabilidade de a China garantir que haverá liquidez em seu sistema financeiro e que a economia global avançará, a demanda continuará a se fortalecer, avalia o TD Securities. Hoje, foi anunciado que o Partido Comunista da China (PCC) está finalizando um acordo para reestruturar a gigante do setor imobiliário Evergrande e separá-la em três entidades distintas.
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O banco aponta ainda que há preocupações de que Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pudesse ter problemas para entregar o fornecimento prometido para a demanda crescente. Segundo a análise, as preocupações podem aumentar se houver substituição de gás natural por produtos de petróleo na Europa, em uma crise que vem se agravando.
Os estoques de petróleo nos EUA tiveram queda de 3,481 milhões de barris na semana encerrada em 17 de setembro, segundo informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. O resultado foi de um recuo maior do que o previsto por analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, que esperavam queda de 2,4 milhões de barris nos estoques.
Com a demanda já amplamente de volta aos níveis pré-pandêmicos, os estoques de petróleo devem cair ainda mais nas próximas semanas, o que deve sustentar os preços do petróleo, avalia a Capital Economics. As consequências do furacão Ida continuam a ser o principal fator responsável por esse declínio, segundo a consultoria, que lembra que apenas cerca de 40% da capacidade de produção afetada foi restaurada.