O petróleo recuou no mercado futuro nesta segunda-feira (18), após os fortes ganhos recentes que levaram o contrato da commodity em Nova York ao maior nível de fechamento desde 2014 na última sessão. Investidores ainda observaram dados piores que o esperado na China e nos EUA, que colocaram dúvidas sobre a recuperação da economia global.
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O barril do petróleo WTI com entrega prevista para dezembro fechou com queda de 0,05% (-US$ 0,04) na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 81,69, enquanto o do Brent para o mesmo mês teve baixa de 0,62% (-US$ 0,53), US$ 84,33, na Intercontinental Exchange (ICE).
Investidores estrangeiros mostraram propensão menor a ativos de risco hoje diante do avanço abaixo do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) da China no terceiro trimestre. O país também divulgou dados decepcionantes de produção industrial e investimentos em ativos fixos, enquanto as vendas no varejo vieram melhores que o previsto.
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A Capital Economics aponta para as restrições por conta da disseminação da variante delta do coronavírus, a crise no setor imobiliário e problemas na cadeia produtiva intensificados pela crise energética como os responsáveis por desacelerar o crescimento chinês. Já a produção industrial americana recuou de forma inesperada entre agosto e setembro, sinalizando que os gargalos na cadeia global se intensificaram.
Avaliando ainda o nível de inflação mais elevado no mundo todo, a Oxford Economics decidiu reduzir sua projeção para o crescimento do PIB global em 2021, de 6,4% a 5,7%. Em relatório, a consultoria ressaltou que a volta à normalidade após a pandemia parece que vai demorar mais do que se esperava há pouco tempo. A leitura é prejudicial aos preços do petróleo, que dependem da recuperação da demanda global para subirem.
Os fundamentos de mercado de energia, porém, seguem favoráveis à commodity, de acordo com o TD Securities. Nas últimas semanas, analistas têm apontado que, mesmo que de forma mais lenta que o estimado, a demanda global por petróleo aumentará ao longo do segundo semestre, deixando o suprimento ainda mais apertado diante dos atuais planos de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Com isso, os EUA têm pressionado o cartel para elevar sua oferta além do planejado. Secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki reiterou nesta segunda-feira que a administração Biden segue em contato com os países-membros da Opep+ acerca do tema.
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