O petróleo fechou em queda hoje (25), após uma sessão marcada pela baixa liquidez, em razão do feriado do Dia de Ação de Graças, que manteve o mercado dos Estados Unidos fechado. Depois de subir cerca de 70% em um ano, a commodity energética entrou em um movimento de realização de lucros, enquanto investidores esperam sinais sobre uma possível resposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) à decisão dos Estados Unidos e de outros países de liberar reservas estratégicas para conter os preços.
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Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro, que agora é o contrato mais líquido, caiu 0,16% (US$ 0,13), a US$ 80,90 por barril. No pregão eletrônico da Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para janeiro operou em queda de 0,46% (US$ 0,36), a US$ 78,03 o barril.
De acordo com a Rystad Energy, também pesou nas cotações do barril hoje uma previsão de aumento dos estoques da commodity feita pelo braço de pesquisa da Opep. Há, ainda, preocupação com os casos de covid na Europa, que têm levado vários países do continente a impor novas restrições à mobilidade, o que pode resultar em menos demanda pela matéria-prima.
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Para a Capital Economics, o anúncio da liberação coordenada das reservas de petróleo pelos EUA e outras nações deve significar maior oferta – e pressão de queda nos preços -, mas virá em um momento em que se espera que o mercado esteja superavitário de qualquer maneira.
“O quadro geral é que a oferta agregada provavelmente chegará ao mercado um pouco tarde demais. A entrega ao mercado de estoques dos EUA só começará em meados de dezembro, de modo que a maior parte do petróleo adicional só estará disponível no primeiro trimestre do ano que vem, quando esperamos que o mercado já esteja amplamente abastecido”, diz a consultoria em relatório enviado a clientes.
Além disso, de acordo com a Capital, o impacto geral dependerá da Opep+. O grupo, que reúne o cartel e países aliados, está atualmente aumentando a produção de forma gradual e só deve desfazer todos os cortes de oferta em dezembro de 2022. Para Norbert Rücker, analista do Julius Baer, o mercado de petróleo está em seu pico e espera-se preços mais baixos em 2022.
“Acreditamos que o crescimento da produção, incluindo a eliminação progressiva do acordo de fornecimento das petro-nações, começou a superar o crescimento da demanda. Como consequência, vemos preços do petróleo mais baixos em 2022.”
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