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Petróleo fecha em alta, com estímulos e cortes da Opep+

O que este conteúdo fez por você?
  • Dentre os fatores que impulsionam o valor da commodity, está o cumprimento nos cortes por parte de produtores e a possibilidade de novos estímulos fiscais nos EUA
  • O conjunto de fatores levou o preço do barril ao maior valor em um ano, com o Brent retomando hoje o patamar simbólico de US$ 60

(Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, seguindo a tendência de ganhos da última semana. Dentre os fatores que impulsionam o valor da commodity, está o cumprimento nos cortes por parte de produtores, a possibilidade de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos, a perspectiva de recuperação global da crise por conta da covid-19, e a dúvida sobre um novo acordo entre EUA e Irã. O conjunto de fatores levou o preço do barril ao maior valor em um ano, com o Brent retomando hoje o patamar simbólico de US$ 60.

O petróleo WTI para março encerrou a sessão com ganho de 1,97%, a US$ 58,97 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para abril avançou 2,06%, a US$ 60,56 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O Commerzbank aponta que ambos os barris atingiram hoje seu maior valor em um ano.

O cumprimento nos cortes da produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) segue impulsionando os preços da commodity. Além disso, a expectativa pela aprovação de novos estímulos fiscais nos EUA, maior consumidor mundial de petróleo, traz a possibilidade de aumento na demanda. Os avanços na perspectiva de vacinação contra a covid-19 e uma possível retomada das atividades também impulsionam os preços.

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O Commerzbank avalia ainda que as “esperanças de que as exportações de petróleo iraniano voltem ao mercado em breve foram prejudicadas pelo fato de que os EUA parecem provavelmente deixar suas sanções contra o Irã em vigor por enquanto”. O retorno da exportação iraniana ao mercado, que poderia ocorrer em caso de um novo acordo com o país, é observado de perto por conta da possibilidade de aumentar a oferta.

O Julius Baer elevou a meta de curto prazo do barril de petróleo para US$ 65, em meio à recuperação da demanda em países emergentes, acordos de redução da oferta e expectativa de retomada dos setores de viagens e lazer. O banco indica que o consumo na China já retornou aos níveis pré-pandemia, enquanto os mercados asiáticos e sul-americanos também acompanham a melhora no quadro.

“Em contraponto a essas dinâmicas de demanda, é improvável que o lado da oferta compense a tempo, deixando o mercado de petróleo em modo de aperto para os próximos meses”, prevê. A instituição avalia que é possível que os preços do Brent operem acima de US$ 70 pontualmente até meados deste ano.

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