(Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, em dia que contou com publicação de relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) apontando que o excesso de oferta gerado durante a pandemia de covid-19 diminuiu, e que o mercado está perto de um equilíbrio. Por outro lado, o forte avanço do dólar ante a maioria das moedas em grande parte da sessão limitou os ganhos, ao tornar a commodity mais cara para detentores de outras divisas.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho fechou em alta de 1,23% (+US$ 0,80), a US$ 66,08, enquanto o do Brent para julho avançou 1,12% (+US$ 0,77), a US$ 69,32, na Intercontinental Exchange (ICE).
Ontem, relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) já havia sugerido uma retomada na demanda global. Hoje, a publicação da AIE indicou que, pouco mais de um ano após a forte queda nos preços do petróleo forçar países exportadores a implementar cortes históricos na produção, o excesso de oferta que se formou durante as restrições mais severas motivadas pela pandemia de covid-19 já está quase em patamares normais.
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“Os preços do petróleo hoje estão experimentando um aumento nas perspectivas positivas de demanda” após ambas as publicações, aponta a Rystad Energy, indicando que o consenso depois das divulgações é de uma média de 96,4 milhões de barris por dia (bpd) em 2021 para a demanda global de petróleo.
Às perspectivas, soma-se o risco que o fechamento do oleoduto da Colonial Pipeline ainda representa ao mercado. O ataque cibernético à peça mais importante da infraestrutura de transporte terrestre de petróleo dos EUA ainda não foi resolvido. “Se o serviço for restaurado até o final da semana, então é presumível uma perda de cerca de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) de gasolina, diesel e combustível de aviação”, projeta a Rystad Energy.
Hoje, levantamento do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrou queda de 426 mil nos estoques de petróleo nos EUA na última semana, ante previsão de recuo de 2,2 milhões dos analistas.