(Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de petróleo fecharam sem sinal único, nesta sexta-feira. Havia bastante expectativa entre investidores por um anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre ajustes em sua oferta nos próximos meses, em meio a relatos de um impasse no grupo. A commodity chegou a ficar pressionada com o noticiário sobre as negociações, mas foi apoiada pelo dólar mais fraco.
O petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 0,09% (-US$ 0,07), em US$ 75,16 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro subiu 0,44% (US$ 0,33, a US$ 76,17 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No câmbio, o dólar mais fraco tendia a apoiar os contratos, ao torná-los mais baratos para os detentores de outras divisas. Além disso, até o fechamento dos mercados, não havia anúncio oficial da reunião da Opep+. Com isso, a sessão foi mercada pelo impasse. Apesar de não haver comunicado oficial, várias reportagens da imprensa internacional afirmavam que a organização caminha para ampliar sua produção mensal em cerca de 400 mil barris por dia, a cada mês entre agosto e dezembro. No entanto, os Emirados Árabes Unidos teriam reservas sobre a proposta de prorrogar o corte na produção até o final de 2022.
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Na visão do Commerzbank, a Opep+ tem se tornado quase “segura demais” sobre si própria, por conta da alta de preços, da oferta apertada e da falta de respostas de fora da aliança. “Como sabemos, orgulho vem antes da queda. Uma autoconfiança excessiva pode prejudicar a imagem da organização como um parceiro confiável de negociações, provocando disputas internas no grupo”, avalia o analista Eugen Weinberg. Caso isso ocorra, o preço do petróleo poderia subir no médio prazo, por conta do impacto, acredita o banco alemão.