Os contratos futuros de petróleo fecharam sem sinal único. Os contratos chegaram a cair mais de 2%, mas reduziram perdas durante a sessão, auxiliados pelo recuo do dólar. Além disso, sinais do mercado e riscos à demanda foram monitorados.
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O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,18% (US$ 0,15), em US$ 82,81 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro recuou 0,25% (-US$ 0,21), a US$ 83,66 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No início do dia, o petróleo estendia perdas da sessão anterior, motivadas pelo aumento nos estoques dos EUA e com foco na possibilidade de que o Irã volte às negociações sobre seu programa nuclear. Em caso de acordo, isso significaria mais petróleo do país persa nos mercados, por isso o tema segue no radar dos investidores do óleo. A TD Securities considera o assunto “o primeiro desafio” à alta recente os preços, em meio a riscos para a oferta de energia em partes do mundo. O Commerzbank, por sua vez, ressalta que deve levar tempo até que Teerã possa de fato enviar mais petróleo aos mercados.
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Hoje, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o avanço recente nos casos e mortes por covid-19 no mundo, puxado pelos números da Europa. A entidade alertou que a pandemia “ainda não acabou” e voltou a cobrar solidariedade para reduzir a desigualdade no acesso a vacinas e outros meios de conter o vírus, como máscaras. Um eventual novo surto do vírus e medidas de lockdown poderiam representar um freio para a demanda pelo óleo.
No câmbio, porém, o dólar caiu hoje, com o euro valorizado após decisão do Banco Central Europeu (BCE) e depois de uma leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre abaixo do esperado por analistas. O movimento no câmbio tende a apoiar os contratos, que nesse caso ficam mais baratos para os detentores de outras divisas.
O petróleo está ainda perto de máximas em vários anos. A Capital Economics nota que o Brent atingiu máximas desde meados de 2014 e diz que isso colabora para pressionar a inflação em muitos países. Para a consultoria, porém, é baixo o risco de uma grande carência no setor de energia conter a atividade global.