O petróleo fechou com queda superior a 4% nesta terça-feira (7), pressionado por sinais de fraqueza na China e na Europa – que reacendem temores de demanda global reduzida – e pela valorização do dólar. As preocupações com uma desaceleração da economia mundial se sobrepõem à perspectiva de aperto no mercado, mesmo com a extensão do corte de oferta russo e saudita e com a continuidade da guerra no Oriente Médio.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em baixa de 4,26% (US$ 3,45), a US$ 77,37 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 4,19% (US$ 3,57), a US$ 81,61 o barril.
“Dados que confirmam que as economias estão em dificuldades sob a pressão de taxas de juro elevadas – que não se espera que baixem tão cedo – podem ter contribuído para que o petróleo revertesse os seus ganhos”, afirmou o analista Craig Erlam, da Oanda. Por isso, na sua visão, não é nenhuma surpresa que a Arábia Saudita e a Rússia continuem comprometidas com a restrição à sua oferta até o fim de ano. A questão agora, segundo ele, é saber se os cortes serão prorrogados para 2024. “O fato de ainda não o terem feito talvez sugira que há alguma relutância, o que também pode estar pesando um pouco sobre os preços do petróleo”, avaliou.
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A China reportou nesta madrugada queda de 6,4% nas suas exportações na comparação anual – leitura bem pior do que o mercado antecipava. Na visão da Pantheon, o declínio contínuo desse indicador sinaliza para uma demanda global ainda fraca – o que acende um sinal de alerta para o petróleo. No Velho Continente, a inflação ao produtor da zona do euro e a produção industrial alemã recuaram, elevando expectativas por uma contração econômica na região. O Wells Fargo, por exemplo, disse que os números recentes aproximam a zona do euro de uma recessão.
O analista Bruno Cordeiro, da StoneX, lembra também da leitura do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro ontem, no menor nível em 35 meses. “Outros fatores como o receio relacionado a um prolongamento da política contracionista aplicada pelo Federal Reserve, pelo Banco Central Europeu e pelo Banco da Inglaterra, pressionam os preços do petróleo”, afirmou o especialista. Ainda segundo Cordeiro, o avanço nas importações chinesas operou como um fator altista, mas não conseguiu superar os drivers opostos.