O petróleo fechou em baixa nesta sexta-feira (8), enquanto os investidores avaliam se a oferta estará suficientemente restritiva para apoiar os preços, de olho em operações de oleoduto norte-americano e em números da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Tampouco havia entusiasmo na frente da demanda, à medida que o bom humor inicial com o relatório payroll dos EUA se dissipava.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 1,16% (US$ 0,92), a US$ 78,01 o barril, enquanto o Brent para maio fechou em baixa de 1,06% (US$ 0,88), a US$ 82,08 o barril. Em relação à sexta-feira passada, 1º, o contrato mais líquido do WTI desvalorizou 2,45% e o do Brent, 1,75%.
O petróleo chegou a subir mais de 1% nesta sessão, quando circulou a notícia de interrupção das operações do oleoduto Keystone, da TC Energy. O equipamento é responsável por transportar petróleo canadense ao meio-oeste e Costa do Golfo dos EUA. Mas a suspensão das atividades foi breve, e logo o preço da commodity passou a recuar.
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A publicação do relatório americano de emprego dos EUA provocou uma diminuição das perdas. O apoio, porém, foi se perdendo ao longo do dia, conforme os mercados digeriam a bateria de dados mistos, em busca de sinais sobre quando o Federal Reserve (Fed) começará a cortar juros.
“Tivemos a divulgação de alguns indicadores negativos ao longo da semana, tanto nos Estados Unidos quanto na Alemanha e na China. Isso ocorre em meio a uma política monetária contracionista aplicada tanto por parte do Fed quanto pelo Banco Central Europeu (BCE), que devem se estender ao longo do primeiro semestre e devem garantir uma desaceleração das atividades econômicas nessas regiões”, detalhou o analista Bruno Cordeiro, da StoneX, que comentou os receios do mercado em relação à evolução da demanda global.
Há ainda muitas dúvidas se a Opep conseguirá manter os cortes de produção no segundo semestre deste ano, como mostrou o Broadcast em reportagem. A Rystard Energy calcula que a produção de petróleo nos países da Opep e aliados cresceu em 212 mil barris por dia em fevereiro ante janeiro. A maior parte desse aumento resultou de uma recuperação na produção da Líbia (165 mil barris por dia) após perturbações no mês anterior”, comentou o vice-presidente sênior da consultoria, Jorge León.