Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (11), se recuperando da queda de mais de 1% vista mais cedo, à medida que investidores ponderam os riscos de descompasso entre oferta e demanda considerando as perspectivas para a China e os EUA. O relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a ser divulgado nesta semana, também segue no radar.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 0,10% (US$ 0,08), a US$ 77,93 o barril, enquanto o Brent para maio fechou em alta de 0,18% (US$ 0,13), a US$ 82,21 o barril.
O analista Derren Nathan, da Hargreaves Lansdown, indica que hoje as “preocupações com o crescimento da China continuaram pressionando o preço do petróleo”. Os dados chineses divulgados neste fim de semana mostraram que a inflação ao consumidor do país aumentou modestamente em fevereiro, como consequência do aumento dos gastos durante o Ano Novo Lunar. Contudo, a inflação dos preços ao produtor diminuiu mais do que o esperado no mesmo período, indicando que as fábricas da China continuam sob pressão e a demanda pode ser impactada.
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Apesar do tom negativo visto no início do dia, os preços se recuperaram perto do fechamento. Segundo Fawad Razaqzada, do City index, traders agora já olham para o futuro, e esperam indícios de cortes de juros nos EUA. “Amanhã, veremos o foco nos dados de inflação dos preços ao consumidor (CPI) nos EUA e no relatório mensal de mercado da Opep”, disse.
Em nota a clientes, a Capital Economics aponta que os cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) mantiveram o petróleo em níveis mais elevados recentemente, enquanto os preços “têm ignorado as perturbações no transporte marítimo no Mar Vermelho e o risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio”.
Também hoje, no início da manhã, circulou a notícia de que a petroleira estatal da Arábia Saudita, Saudi Aramco, planeja reduzir o fornecimento de petróleo bruto pesado para clientes na Ásia em abril, motivada pela manutenção de seus campos petrolíferos. No último domingo (10), a Saudi Aramco divulgou balanço que indica lucro de US$ 121 bilhões em 2023, seu segundo melhor desempenho na história.