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Petróleo fecha em queda, pressionado por receios com demanda

A divulgação de dados econômicos dos EUA e as perspectivas com o Fed tiveram impacto limitado na commodity

Petróleo fecha em queda, pressionado por receios com demanda
Navio-tanque de petróleo (Foto: Envato Elements)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda de quase 4% nesta terça-feira (12), o que levou de volta o barril do WTI para abaixo dos US$ 70. O receio com a demanda pela commodity, que envolve temores pela atividade global, segue pressionando os preços, apesar da tentativa de produtores de controlar a produção. Neste cenário, a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro nos Estados Unidos e as perspectivas para a política do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tiveram impacto limitado.

O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 3,80% (US$ 2,71), a US$ 68,61 o barril, abaixo da marca de US$ 70. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 3,67% (US$ 2,79), a US$ 73,24 o barril.

A deterioração do petróleo reflete a pressão que o ativo recebe tanto do lado da oferta quanto no da demanda, avalia o analista Matt Smith, da empresa de dados e análise de commodities Kpler. Smith explica que os mercados continuam céticos em relação à capacidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) entregar os cortes prometidos na produção. Segundo ele, esse quadro exacerba os efeitos de preocupações quanto às principais economias do planeta, que tendem a pesar sobre a demanda.

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O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA cortou hoje sua projeção para o preço do barril do petróleo Brent em US$ 10, de US$ 93 para US$ 83, em 2024, devido às preocupações sobre o aumento da demanda pela commodity, conforme indica em seu relatório com suas perspectivas energéticas de curto prazo (Steo, na sigla em inglês). Ainda, o órgão reduziu sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, de 1,5% para 1,3% em 2024.

A expectativa é que os cortes de produção da Opep+ compensem o menor crescimento da demanda e evitem aumentos nos estoques globais de petróleo. “Prevemos que a produção de petróleo bruto da Opep+ cairá mais 600 mil de b/d, em média, em 2024. Esta previsão pressupõe que alguns cortes voluntários na produção da Arábia Saudita serão prolongados até 2024 e a produção global dos países da Opep+ permanecerá abaixo das metas”.

Segundo o Commerzbank, a pronunciada queda dos preços após a reunião da Opep+ também é evidente no posicionamento de mercado dos investidores especulativos, que reduziram novamente suas posições longas na última semana de referência, até 5 de Dezembro. Os longos líquidos no WTI caíram para o nível mais baixo desde o final de junho, enquanto os do Brent caíram para o nível mais baixo desde o final de maio, aponta o banco alemão.

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