Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sessão, com expectativas de recessão global no radar e investidores de olho nos casos de covid-19 na China, uma das maiores importadoras da commodity. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2023 fechou em queda de 2,22% (US$ 1,69), a US$ 74,46 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 2,67% (US$ 2,17), a US$ 79,04 o barril. Na semana, a commodity teve alta de 4,84% e 3,86%, respectivamente.
Mais cedo, os contratos futuros de petróleo chegaram a operar perto da estabilidade, apoiado pelo recuo do dólar na madrugada, mas afetado pelo retorno das atividades do Keystone, nos Estados Unidos. Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, os preços do petróleo estão caindo devido ao aumento dos temores por uma recessão global, junto às incertezas obre a reabertura da China devido a um aumento de casos de covid-19. “O petróleo pode lutar para se recuperar, a menos que haja alguma interrupção no fornecimento da commodity, já que os comerciantes de energia se fixam na deterioração das perspectivas de crescimento globalmente”.
A previsão, entretanto, é de alta para o primeiro semestre de 2023, segundo o Commerzbank, uma vez que a previsão é que o mercado da commodity se agrave consideravelmente, principalmente com o embargo da União Europeia ao óleo russo, prejudicando a oferta e valorizando o preço do petróleo. Segundo a análise, no caso “improvável” de os preços não se recuperem, a expectativa é de novos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). “Isso ocorre porque o cartel, que recentemente tem sido forte na tomada de decisões, provavelmente considerará um nível de preço abaixo de US$ 80 muito baixo, pelo menos enquanto a economia global não chegar a uma paralisação sustentada”.
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Segundo a Reuters, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciou que irá retomar as compras de barris de petróleo para as Reservas Especiais de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) do país, o que, segundo o Commerzbank, deverá neutralizar a queda do preço do WTI.