Os contratos futuros do petróleo subiram no pregão desta sexta-feira (23), impulsionados pela perspectiva de cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), depois que o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmou que a hora de corrigir a política monetária americana chegou. No entanto, a alta não foi suficiente para apagar perdas robustas do óleo na variação semanal.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 2,49% (US$ 1,82), a US$ 74,83 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 2,09% (US$ 1,60), a US$ 78,15 o barril. Na variação semanal, o WTI perdeu 2,37% e o Brent recuou 1,92%.
Em Jackson Hole, Powell injetou apetite por risco nos mercados internacionais durante seu discurso de abertura hoje.
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Pela manhã, os preços já vinham em alta, mas aceleraram os ganhos com a confirmação daquilo que o mercado já esperava: o Fed deve reduzir as taxas de juros a partir do encontro de setembro, e a intensidade dos cortes dependerá dos próximos indicadores – sobretudo os ligados ao emprego, maior preocupação do Fed neste momento, segundo afirma o ING em relatório.
O chefe de Estratégia de Commodities do TD Securities, Bart Melek, escreve que os mercados esperam que um corte de juros pelo Fed impulsione a demanda fragilizada dos Estados Unidos nos próximos meses. Segundo o CIBC, porém, uma nova alta sustentada do petróleo só deve acontecer caso haja uma escalada nos conflitos no Oriente Médio para abarcar também algum integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), senão, as perspectivas de demanda enfraquecida devem pesar sobre os preços da commodity no médio e longo prazo.
Apesar da alta hoje, os preços recuaram na semana, enquanto investidores precificavam um possível acordo de cessar-fogo em Israel, diante dos esforços de negociadores para um avanço nas tratativas. Na visão da Capital Economics, um acordo, nessa altura, não teria grandes impactos nos preços do óleo, visto que já estão precificados. Porém, um colapso das negociações poderia injetar pressões altistas nos contratos futuros, a depender do nível das tensões.