O petróleo fechou em queda de mais de 2% nesta terça-feira (27), apagando ganhos do pregão de ontem e retomando tendência de queda da semana passada, em meio a renovação de temores de que o aperto monetário global.
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O contrato WTI para agosto fechou em queda de 2,41% (US$ 1,67) a US$ 67,70 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro recuou 2,47% (US$ 1,84), a US$ 72,51 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Analista do IG, Axel Rudolph analisa que os ganhos limitados do petróleo ontem – na esteira dos conflitos militares da Rússia – sumiram neste pregão, ao passo que o mercado digeria como perspectivas econômicas poderiam pesar sobre a demanda da commodity.
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Apesar de sinais relativamente consistentes de demanda na Ásia e na Oceania, a fraqueza persistente nos preços do petróleo reflete preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos e na zona do euro, avalia o Commerzbank, em relatório. O banco aponta que estes temores têm como base o cenário de continuidade no aperto monetário das principais economias, considerando que os juros elevados não devem “se dissipar” em breve.
Para a Oanda, mudar a percepção dos investidores de energia “custará muito”. A consultoria destaca que até dados demonstrando a resiliência da economia dos EUA divulgados hoje foram lidos como “más notícias”, por sugerirem necessidade de novas altas de juros pelo Federal Reserve (Fed). “O petróleo parece muito vulnerável, já que está se aproximando novamente das mínimas da primavera do Hemisfério Norte, perto dos US$ 60. Uma queda abaixo do nível de US$ 67,50 pode desencadear vendas dinâmicas que não param até a região de US$ 62,50”, projeta a Oanda.
Ainda no radar, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) negou, em comunicado oficial, que tenha convidado a Guiana para fazer parte do cartel, apesar de rumores sobre o suposto convite. A Opep esclarece que convidou o ministro de Recursos Naturais da Guiana, Vickram Bharrat, para participar de seu 8º Seminário Internacional, que acontece nos dias 5 e 6 de julho, em Viena.
Segundo a Reuters, o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, confirmou o convite para o seminário em Viena e relatou que o país não está interessado em ingressar como membro na Opep.
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*Com informações da Dow Jones Newswires