Os contratos futuros de petróleo registraram queda considerável, piorando ao longo do dia. Incertezas sobre o acordo para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos foram citadas, ao lado de dúvidas também sobre o ritmo da demanda global adiante. Além disso, alguns analistas mostravam ceticismo de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) possa, em reunião na próxima semana, alterar o quadro.
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O contrato do WTI para julho fechou em baixa de 4,42% (US$ 3,21), em US$ 69,46 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho caiu 4,40% (US$ 3,39), a US$ 73,71 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O WTI não fechava abaixo da marca de US$ 70 o barril desde 4 de maio. Na madrugada já havia queda de cerca de 1% nos contratos, um dia após sessão atípica, com feriado nos EUA e no Reino Unido que tirou liquidez do mercado. A Hargreaves Lansdown comentou que a incerteza continha a commodity, com dúvidas sobre o ritmo do Congresso para aprovar a elevação do teto da dívida, mesmo após acordo anunciado entre o presidente americano, Joe Biden, e o da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
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A Oanda, por sua vez, também mencionou o teto da dívida como assunto em foco. Para ela, além disso, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da China, que sai mais tarde hoje, deve mostrar que a recuperação local está estagnada e que a economia do país precisa de mais estímulo. A Oanda ainda espera que dados nesta semana, entre eles o payroll da sexta-feira, mostrem o mercado de trabalho dos EUA em desaceleração, enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve apertar mais a política monetária para conter a inflação.
Já o Swissquote aponta que o dólar ainda está em nível forte, o que contém o apetite por commodities. O banco acredita que a Opep+ poderia anunciar corte na produção para tentar apoiar os preços do petróleo, em sua reunião na próxima semana, mas acrescenta que um rali com a eventual notícia “deve ter vida curta”.