Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam hoje em alta, após começarem o dia em queda, favorecidos pelos números do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China, que indicam expansão. A commodity também foi impulsionada pela desaceleração da inflação da zona do euro e do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Leia também
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em alta de 1,75% (US$ 1,30), a US$ 75,67 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com ganho de 1,64% (US$ 1,29), a US$ 79,89 o barril. Na semana, as altas foram de 9,25% e 7,11%, respectivamente. Já no mês, o WTI registrou baixa de 1,79% e o Brent recuou 4,27%.
PMIs da China indicaram que a atividade de uma das maiores consumidoras globais de petróleo está em expansão, tanto nos serviços quanto na indústria. Para o Commerzbank, os resultados indicam que a recuperação do país está em andamento, com uma expansão moderada na indústria. Para a Capital Economics, grande parte dos preços das commodities foi favorecido ao longo da semana, com o petróleo recebendo impulso adicional devido às interrupções na oferta no Iraque, em meio a disputas na região do Curdistão.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Carig Erlam, da Oanda, alerta que, apesar da recuperação do petróleo, os contratos ainda estão “bem longe” dos níveis anteriores à “minicrise” bancária. As cicatrizes econômicas prolongadas do mês provavelmente desacelerarão a economia, se não causarem uma recessão, e as expectativas de taxas de juros mais baixas não são suficientes para sustentar os preços do petróleo no curto prazo, avalia ele. Ainda, Erlam indica que a recuperação da commodity deve ser “lenta”, à medida que a “confiança melhora e aprendemos quais são as consequências a longo prazo do que vimos no setor bancário”.