Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira (14), em uma sessão atenta às perspectivas de menor demanda que o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) apontou. Além disso, a possibilidade de maior aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed), que tem como uma das consequências o fortalecimento do dólar, pressiona a commodity, uma vez que o petróleo é cotado na moeda americana.
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O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 3,47% (US$ 3,09), a US$ 85,87 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 caiu 2,97% (US$ 2,85), a US$ 93,14 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, os comerciantes de energia aguardam como os suprimentos serão interrompidos quando o teto do preço do petróleo russo começar no início do próximo mês. Já a fraqueza do preço do petróleo de hoje foi atribuída principalmente a uma perspectiva de demanda de curto prazo enfraquecida pela Opep e ao nervosismo de que o Fed ainda possa permanecer agressivo com o aumento das taxas de juros, afirma.
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A Capital Economics aponta que a Opep deixou suas previsões de oferta fora do grupo praticamente inalteradas, mas rebaixou suas previsões de demanda mundial pelo segundo mês consecutivo, em 100 mil barris de petróleo por dia (bpd) este ano e 200 mil bpd em 2023 com “desafios econômicos” na Europa. Apesar dos rebaixamentos, a Opep continua bastante otimista em relação à demanda mundial, principalmente para o próximo ano, avalia a consultoria. “Esperamos que o consumo de petróleo não seja tão alto, pois projetamos que o crescimento do PIB global será de apenas 1,5% em 2023, em comparação com a previsão da Opep de 2,5%”, pondera a análise.
Moya lembra que o clima mais quente em toda a Europa tem sido uma boa notícia para os preços do gás natural e isso removeu parte da demanda extra que se esperava que surgisse no caminho do petróleo bruto. O clima quente, no entanto, está prestes a desaparecer e isso pode manter os preços da energia subindo no futuro, afirma o analista.