Os contratos futuros de petróleoencerraram esta sexta-feira (16) em alta, recuperando parte das perdas expressivas registradas nas duas sessões anteriores. Ao longo da semana, os contratos acumularam ganhos modestos, impulsionados pelo alívio trazido pela trégua comercial entre Estados Unidos e China, que prevaleceu sobre as preocupações relacionadas ao excesso de oferta global da commodity.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para julho subiu 1,34% (US$ 0,82), fechando a US$ 61,97 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,36% (US$ 0,88), para US$ 65,41 o barril. No acumulado da semana, o WTI e o Brent registraram ganhos de 2,4% e 2,5%, respectivamente.
As negociações nucleares entre os EUA e o Irã afetaram os preços durante a semana, com o presidente Donald Trump alternando entre ameaças de “pressão máxima” contra Teerã e declarações de otimismo sobre a possibilidade de um acordo, enquanto o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou mais empresas envolvidas no comércio de petróleo iraniano.
Os estoques globais de petróleo aumentaram, incluindo um acréscimo de 3,5 milhões de barris nos EUA. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua estimativa de crescimento da demanda em 1,3 milhão de barris por dia, enquanto a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) projeta um equilíbrio mais frouxo entre oferta e demanda neste ano, apesar de um leve aumento em sua previsão de crescimento da demanda.
Analistas do Citi elevaram sua projeção de preço para o Brent no curto prazo (de zero a três meses) para US$ 60, devido à redução de tarifas entre os EUA e a China no início desta semana, mas mantiveram suas médias para o segundo e o terceiro trimestres em US$ 62 e US$ 63 por barril, respectivamente. “No entanto, se as negociações fracassarem e a situação se agravar, o petróleo pode superar os US$ 70”, acrescentam em nota.