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- O Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos informou inesperada queda nos estoques americanos na semana passada, de 8,02 milhões de barris, quando o mercado esperava alta de 2,2 milhões.
Os ativos do petróleo fecharam mistos, em uma sessão marcada pela volatilidade. Os contratos ganharam força após relatório do Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos mostrar queda nos estoques da commodity. Em seguida, o óleo perdeu força, em meio a preocupações com a economia global, diante de comentários de dirigentes do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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O petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,14% (US$ 0,14), a US$ 102,19 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho teve queda de 0,42% (US$ 0,45), a US$ 106,80 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos informou inesperada queda nos estoques americanos na semana passada, de 8,02 milhões de barris, quando o mercado esperava alta de 2,2 milhões. De acordo com a Capital Economics, os estoques caíram devido a um aumento nas exportações e uma diminuição nas importações. “Daqui para frente, porém, o plano do governo dos EUA de reduzir ainda mais suas reservas estratégicas de petróleo, além de melhorar a produção, deve levar a uma recuperação dos estoques nos próximos meses”, diz, em relatório enviado a clientes.
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Mais tarde, os contratos perderam força e passaram a cair. De acordo com o analista Craig Erlam, da Oanda, as revisões em baixa das previsões de crescimento do FMI e do Banco Mundial nos últimos dias pesaram sobre os preços do óleo. “A guerra na Ucrânia e os lockdowns na China estiveram em grande parte por trás dessas revisões que pesarão na demanda neste ano. Mesmo assim, com a lenta recuperação da oferta, espera-se que os preços permaneçam muito altos no futuro próximo”, destacou, em relatório enviado a clientes. Um dia após fazer previsões negativas sobre a economia global, a diretora-gerente da instituição, Kristalina Georgieva, afirmou que a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia provocam “maciços” retrocessos à economia global. “É como ser atingido por outra tempestade antes de termos nos recuperado da última”, comparou, em discurso na abertura de coletiva de imprensa.
Para o Commerzbank, as previsões do FMI de ontem alimentam preocupações sobre a demanda no mercado de petróleo, que recentemente ficou um pouco mais em segundo plano, já que os riscos do lado da oferta dominavam as manchetes. Segundo a Reuters, a Comissão Europeia trabalha para acelerar a disponibilidade de fontes alternativas de energia para tentar reduzir o custo da proibição do petróleo russo e persuadir a Alemanha e outros países relutantes da UE a aceitar a medida. Já do lado da oferta, a produção de petróleo e gás natural condensado da Rússia caiu 800 mil barris por dia (bpd) nas duas primeiras semanas de abril ante março, a 10,19 milhões de bpd, de acordo com a consultoria Energy Intelligence.