Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, tendo recuperado parte das perdas registradas ontem, na esteira da inflação ao consumidor acima do esperado nos Estados Unidos. Com o enfraquecimento do dólar ante rivais, a alta além do previsto nos estoques de petróleo norte-americano e corte de projeção na demanda da Agência Internacional de Energia (AIE) ficaram em segundo plano.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega para outubro subiu 1,31% (US$ 1,17), a US$ 88,48, e o do Brent para novembro avançou 1,0% (US$ 0,93), a US$ 94,10, na Intercontinental Exchange (ICE).
“O mercado de petróleo parece que ainda vai permanecer apertado, apesar de alguns dos números de enfraquecimento da demanda que o relatório de estoque de petróleo bruto da AIE está nos dizendo”, avalia o analista da Oanda, Edward Moya.
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Em relatório publicado hoje, a agência observou que a queda na demanda pelo óleo na China, em meio aos surtos de covid-19, tem se sobreposto ao consumo robusto em outros países. A AIE revisou para baixo sua projeção para a demanda chinesa por petróleo em 2022 em 400 mil barris por dia (bpd), a 15 milhões de bpd, 420 mil bpd a menos do que no ano anterior. Para 2023, a agência prevê 300 mil bpd, a 16 milhões de bpd.
Os ativos desaceleraram alta após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informar que os estoques do petróleo subiram em 2 milhões de barris na semana, ante expectativa de alta de 1 milhão de barris. Já os de gasolina caíram em 1,7 milhão, contra previsão de recuo de 600 mil, e os de destilados saltaram 4 milhões, ante previsão de aumento de 100 mil barris.
“Com os estoques de petróleo bruto dos EUA em seus níveis mais baixos desde 1984, o governo Biden parece ter alardeado a possibilidade de começar a reabastecer essas reservas se o preço do petróleo nos EUA cair abaixo de US$ 80 o barril”, diz o analista-chefe para mercados na CMC Markets, Michael Hewson.