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Petróleo fecha em queda, pressionado por dólar em alta com CPI dos EUA

O óleo já vinha em queda desde a madrugada diante de temores renovados com a economia chinesa

Petróleo fecha em queda, pressionado por dólar em alta com CPI dos EUA
Plataforma de Petróleo. Foto: Pixabay

Por Letícia Simionato – Apesar de terem registrado alta semanal de mais de 1%, os contratos futuros de petróleo caíram hoje, diante do avanço do dólar ante rivais, em meio à deterioração do sentimento de risco. O clima azedou após o índice de inflação ao consumidor (CPI) de maio dos Estados Unidos vir acima do esperado, o que fez com que o mercado passasse a esperar um aperto ainda mais hawkish do Federal Reserve (Fed). Outro indicador da economia americana, o índice de sentimento ao consumidor da Universidade de Michigan veio abaixo do esperado e também ajudou a gerar cautela entre os investidores. Do lado da demanda pelo óleo, novos lockdowns na China preocupam.

O petróleo WTI para julho registrou queda de 0,69% (US$ 0,84), a US$ 120,67 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para agosto caiu 0,86% (US$ 1,06), a US$ 122,01 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, os dois subiram 1,51% e 1,91%, respectivamente.

Xangai anunciou que realizará testes em massa para covid-19 em 7 de seus 16 distritos, de acordo com a Reuters. Em meio a novos bloqueios sendo impostos a essas regiões da metrópole, os moradores do distrito de Minhang já receberam ordens para se confinarem em casa por dois dias, em tentativa de conter o recente avanço do coronavírus.

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Ainda segundo a Reuters, Pequim também tem enfrentado dificuldades em relação ao novo coronavírus, fazendo com que autoridades ordenassem o fechamento de locais de entretenimento e cibercafés por tempo indeterminado. O CPI chinês, por sua vez, subiu 2,1% na comparação anual de maio, repetindo o aumento de 2,1% apurado em abril, 0,1 ponto porcentual abaixo do projetado por economistas. A Capital Economics avalia que CPI do país asiático deve seguir abaixo da meta de 3% do Banco do Povo da China (PBoC), o que dá espaço ao banco central cortar juros, o que segundo ela poderia ocorrer já na próxima quarta-feira.

Por outro lado, o CPI dos EUA avançou 1,0% em maio ante abril. O resultado representa uma forte aceleração em relação à alta de 0,3% no mês anterior e superou a previsão de analistas, que estimavam avanço de 0,7%. Na comparação anual, o CPI dos EUA deu um salto de 8,6% no mês passado, no maior nível desde dezembro de 1981. A Capital Economics afirma que o “salto na inflação” poderia “abrir a porta para uma alta maior, de 75 pontos-base”, nos juros pelo Fed na próxima semana. Já o Barclays mudou a previsão para um aumento de 75 pontos-base em junho. Além do CPI, hoje foi divulgado o índice de sentimento ao consumidor da Universidade de Michigan, que caiu de 58,4 em maio a 50,2 na preliminar de junho, atingindo o menor valor já registrado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que sua administração continuará fazendo “tudo o que puder” para controlar os preços para sua população. Com os combustíveis no centro o debate, Biden disse que os EUA estão no caminho para produzir uma quantidade recorde de petróleo no ano que vem e que está trabalhando com a indústria petrolífera para acelerar tal produção. Na contramão, de acordo com a Reuters, a produção de petróleo no campo de Sarir, na Líbia, foi reduzida após os portos de Ras Lanuf e Es Sider terem sido fechados e enquanto um grupo ameaçava paralisar o porto de Hariga, afirmaram nesta sexta-feira dois engenheiros no campo.

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