O Citi revisou suas projeções para a PetroReconcavo (RECV3) após o balanço do segundo trimestre de 2025 e reduziu o preço-alvo para R$ 14,50 por ação, o que representa um potencial de valorização de 14,35% ante o último fechamento. O banco, no entanto, manteve a recomendação neutra para o papel.
Segundo a casa, a petroleira deve exibir produção praticamente estável ao longo do resto de 2025, o que tende a manter o lifting cost (custo de extração de petróleo) em torno de US$ 14 por barril e limitar ganhos operacionais de curto prazo, ainda mais em um ambiente de queda esperada dos preços do petróleo no segundo semestre, fator que pressiona margens.
Em compensação, a maior parte dos investimentos programados para 2025 já foi executada no primeiro semestre, permitindo que os desembolsos de capex (investimentos) recuem nos próximos trimestres.
Com menos caixa comprometido em projetos, o Citi projeta melhora na geração de fluxo de caixa livre (FCF) recorrente, embora siga com pouca confiança na capacidade da companhia de acelerar a produção de óleo e gás de forma relevante a partir de 2026.
Nos níveis atuais, as ações ordinárias da PetroReconcavo (RECV3) negociam a um rendimento de FCF entre 2% e 6% e a múltiplos de 6,0 a 6,2 vezes o lucro projetado para 2025 e 2026. Sem gatilhos positivos claros no curto prazo e com perspectivas de crescimento limitadas, os analistas Gabriel Barra, Pedro Gama e Andrés Cardona consideram o papel adequadamente precificado, justificando a manutenção da recomendação em neutro.