O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil subiu de 49,7 em fevereiro para 50,7 em março, informou há pouco a S&P Global. O resultado deixa o indicador acima do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza restabelecimento da produção.
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O PMI específico de serviços subiu de 49,8 em fevereiro para 51,8 em março, a taxa de expansão mais forte desde outubro de 2022.
Para a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyana De Lima, o desempenho de serviços apresentou recuperação em relação ao resultado de fevereiro, quando o indicador esteve abaixo do nível neutro. “O aumento de março na atividade e nas vendas sustentou a criação de empregos e impulsionou as expectativas dos negócios em relação às perspectivas de produção para o horizonte de 12 meses”, pontua.
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Ainda assim, Lima avalia que os resultados colhidos no PMI de serviços denotam cautela. “Os comentários fornecidos pelos participantes da pesquisa do PMI soam como uma nota cautelosa sobre a sustentabilidade da recuperação, já que várias empresas indicaram que as pressões inflacionárias continuam a restringir os gastos dos clientes”, afirma Lima. A diretora da S&P Global pontua ainda que a retomada se concentrou em áreas específicas do setor de serviços, como Serviços ao Consumidor e Transporte, Informação e Comunicação.
Lima salienta também que “em mais um sinal de que as condições econômicas permanecem desafiadoras de modo geral, a indústria caiu ainda mais em março”. Redução mais rápida nos pedidos às fábricas e também na produção sinalizam que mais empregos foram perdidos no fim do terceiro trimestre, completa a economista. “As taxas de inflação nos setores combinados de indústria e serviços diminuíram, mas permaneceram altas a nível histórico. Os serviços lideraram novamente os aumentos”, conclui Lima.