As ações da Brava Energia (BRAV3) saltam na Bolsa brasileira pela terceira sessão consecutiva. Às 16h27, os papéis disparam 8,84% cotados a R$ 15,89, depois de chegarem a atingir máxima a R$ 16,39. Na semana, já registram ganhos de 18,14%.
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As ações da Brava Energia (BRAV3) saltam na Bolsa brasileira pela terceira sessão consecutiva. Às 16h27, os papéis disparam 8,84% cotados a R$ 15,89, depois de chegarem a atingir máxima a R$ 16,39. Na semana, já registram ganhos de 18,14%.
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Os ativos da empresa tiveram valorização de 2,47% na terça-feira (16) e de 3,69% na quarta-feira (17), liderando as altas do Ibovespa nas duas sessões. O movimento aconteceu após o portal Pipeline, do Valor Econômico, noticiar que a companhia estaria negociando a venda de três poços de gás – Recôncavo, Peroá e Manati – para a Eneva (ENEV3), em uma transação que poderia alcançar cerca de US$ 450 milhões.
Em fato relevante, a Brava sinalizou que não há tratativas em curso com a Eneva para a alienação de ativos de E&P (exploração e produção) da companhia, embora a composição de portfólio e alocação de capital constituem parte permanente da análise estratégica da petroleira. A empresa também disse não ter conhecimento de possíveis interessados em adquirir ações de sua emissão com objetivo de formação de bloco de controle.
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Por sua vez, a Eneva disse que, embora analise constantemente oportunidades de negócios que possam fortalecer a sua posição no setor de atuação, não há negociações em curso em relação à aquisição de ativos de E&P de propriedade da Brava.
“A companhia reafirma seu compromisso em priorizar a execução de seu plano de negócios e reitera seu compromisso em manter os acionistas e o mercado informados sobre qualquer ato que constitua fato relevante”, destacou a Eneva.
Em relatório, a XP Investimentos reconhece que a notícia ainda é altamente especulativa nesta fase, mas afirma que seria potencialmente positivo se ela fosse confirmada. “Em nossa visão, a avaliação de US$ 450 milhões citada parece elevada para os principais ativos de produção de gás da Brava. Se o negócio for fechado nesses níveis, provavelmente será lucrativo para os acionistas da Brava”, avalia a corretora.
A casa sinaliza que, embora esses ativos sejam os principais ativos de gás da Brava, eles não são puramente relacionados ao gás, já que o petróleo corresponde a cerca de metade das receitas. Combinados, eles representam 5% da produção de petróleo da Brava e 73% da produção de gás (18% da produção total).
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A Genial Investimentos considera que o múltiplo implícito da possível transação, de US$ 6,7 EV/1P (valor da empresa sobre reservas comprovadas), é superior ao patamar atual da companhia, de US$ 5,9 EV/1P, mesmo considerando que os ativos a serem vendidos seriam majoritariamente gás natural, que possui menor valor econômico em relação ao óleo.
“Ajustando pelo mix energético do portfólio da empresa, estimamos um múltiplo ‘justo’ próximo de US$ 9 EV/1P, o que indica potencial de valorização de aproximadamente 52% frente ao preço atual”, afirma a Genial.
Segundo a empresa, essa diferença reforça que a eventual transação poderia atuar como um catalisador para destravar valor à empresa, ao sinalizar para o mercado um preço implícito mais elevado para reservas de óleo e gás, além de permitir à Brava Energia executar sua estratégia de desalavancagem, concentrar-se em ativos mais rentáveis e abrir espaço para distribuição de dividendos.
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