O Grupo Porto (PSSA3) viu seu lucro líquido saltar 50% no segundo trimestre deste ano, na comparação anual, para R$ 878 milhões. As receitas somaram R$ 10 bilhões, expansão de 12%. A rentabilidade sobre o patrimônio (ROAE, em inglês) consolidado subiu para 24,6%, de 18,4% há um ano.
“O segundo trimestre é o de maior receita do grupo, olhando toda a série histórica”, disse o CEO do Grupo Porto, Paulo Kakinoff, em conversa com jornalistas. Além do retorno em alta, que superou 21% em todas as unidades de negócios e ficou acima da média histórica do grupo segurador, o executivo ressaltou a queda das despesas e o crescimento do resultado nas unidades de negócios.
Também contribuiu o resultado financeiro, que saltou 121% em um ano, somando R$ 376 milhões no segundo trimestre. A disparada é explicada principalmente pelo juro mais alto, a 15%, e pelo desempenho das alocações em títulos indexados à inflação.
O diretor financeiro (CFO) do Grupo Porto, Celso Damadi, ressalta que, quando o resultado financeiro fica muito robusto, como agora, a seguradora tem menos pressão para ter um resultado operacional muito melhor.
Nas unidades de negócios, as receitas e prêmios da Porto Seguro chegaram a R$ 5,4 bilhões, alta de 5% em um ano. O maior crescimento veio do segmento de Vida (+17%), seguido pelo Patrimonial (+6%). No Auto, carro-chefe da Porto, tanto os prêmios quanto a frota segurada avançaram 3%, com adição de 165 mil veículos no período.
O índice de sinistralidade dessa unidade caiu 2,1 pontos porcentuais em um ano. O Auto foi menos afetado pelos eventos climáticos, que tiveram impacto importante no mesmo período do ano anterior, ressalta a empresa. “O Auto está entregando uma lucratividade até acima do que a gente havia previsto para o período”, disse Kakinoff.
Em saúde, a Porto Saúde teve crescimento de 24% no número de vidas, atingindo 751 mil beneficiários no trimestre. No Odonto, a expansão verificada também foi de 24%, chegando à marca de 1,1 milhão de vidas cobertas. A receita da unidade teve alta de 27%, somando R$ 2 bilhões.
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No negócio bancário, a receita do Porto Bank avançou 30%, atingindo R$ 1,8 bilhão, por meio principalmente do crescimento do segmento de cartão, financiamento e empréstimos (+29%); consórcio (+28%) e capitalização (+17%).
Apesar do juro maior, não ocorreu aumento da inadimplência, segundo Domingos Falavina, diretor de relações com investidores da Porto. A taxa curta, para atrasos entre 15 e 90 dias, fechou junho em 4,2%, de 4,5% no primeiro trimestre. No mesmo trimestre de 2024, a taxa estava em 4,2%.
Já a Porto Serviço registrou queda de 2% na receita, para R$ 624 milhões, por conta de menores sinistros de automóveis. Nesse caso, a seguradora comemorou a queda, porque vem da menor sinistralidade.
Por unidade de negócios do Grupo Porto (PSSA3), a Porto Seguro teve lucro líquido de R$ 434,4 milhões no segundo trimestre, alta de 16,3%; a Porto Saúde registrou ganho de R$ 105,5 milhões (+45,1%); a Porto Bank lucrou R$ 204,1 milhões (+31,2%) e a Porto Serviço teve resultado líquido de R$ 45,1 milhões, queda de 6,5%.