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Pré-mercado: apetite a risco domina antes de BCE e balanços

No Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de Live sobre reforma tributária

Pré-mercado: apetite a risco domina antes de BCE e balanços
Tela com as cotações de ativos na bolsa de valores (Foto: Evanto Elements)

(Estadão Conteúdo) – Decisão de política monetária do BCE, seguida de entrevista de Christine Lagarde, concentra a atenção dos investidores, assim como os balanços nos EUA. No Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de Live sobre reforma tributária, enquanto a Economia apresenta Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre.

A Petrobras também informa dados de produção e vendas, após o fechamento do mercado. O apetite a risco continua no mercado internacional, à medida que alguns balanços corporativos do segundo trimestre apresentam resultados acima do esperado e os temores com os efeitos da cepa de covid-19 diminuem. Um bom retrato disso é o rendimento dos títulos americanos de dez anos, que avança. A expectativa de aprovação do pacote de infraestrutura nos EUA também fica no radar do mercado, após o presidente americano, Joe Biden, afirmar que a ajuda bipartidária deve ter novas resoluções até segunda-feira, 26, e que o pacote deverá ser aprovado. No entanto, investidores mantêm certo grau de cautela, já que ainda há temores de que a variante Delta do coronavírus prejudique a recuperação global.

Em meio a este quadro de incertezas, o BCE deve manter hoje os estímulos monetários. Além disso, em seu primeiro encontro após a revisão estratégica, a instituição deve mudar a linguagem do comunicado. Já o mercado doméstico pode pegar carona na tranquilidade externa, abrindo espaço para o Ibovespa buscar o forte nível de resistência dos 128 mil pontos. No entanto, a saída do patamar atual dos 125.929,25 pontos (fechamento de ontem) pode ser difícil, com possível volatilidade predominando, dadas as incertezas domésticas, especialmente na seara política.

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Contudo, a força que o Centrão tende a ganhar no governo com mudanças em ministérios na próxima segunda-feira pode amainar o risco político, o que fica no radar dos investidores em meio a incertezas sobre a agenda de reformas. Essas dúvidas podem pesar no câmbio e também influenciar os juros futuros.

Para conter os desgastes com o Legislativo, o presidente Jair Bolsonaro tem sido pressionado pelo Centrão a mexer na articulação política do governo e a substituir os ministros da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e da Secretaria-Geral Onyx Lorenzoni. Por isso, fará uma “pequena” mudança ministerial na segunda (26). Entre os nomes cotados para a Casa Civil está o do senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas. “Eu não sabia, estou em choque. Fui atropelado por um trem, mas passo bem”, disse o general Ramos sobre demissão da Casa Civil.

O deputado Celso Sabino (PSDB-PA), relator do projeto que trata de mudanças no imposto de renda, disse que a matéria sob sua relatoria deve ser votada na Câmara antes do projeto que unifica PIS e Cofins com a criação da CBS. O YouTube apagou vídeos de Bolsonaro por informações incorretas sobre covid. A utilização de “emendas cheque em branco” – em que parlamentares transferem dinheiro para Estados e municípios sem carimbar no que as verbas serão utilizadas – é um retrocesso e repete os erros dos Anões do Orçamento.