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Pré-mercado: exterior começa semana no vermelho

No Brasil, as turbulências políticas e CPI da covid ficam no foco, além da pesquisa mensal de serviços de maio

Pré-mercado: exterior começa semana no vermelho
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press / Pagos

(Estadão Conteúdo) – A agenda internacional está mais forte que a local nesta semana, com a largada da temporada de balanços dos Estados Unidos a ser dada por grandes bancos, além da inflação ao consumidor nos EUA, discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e decisão de monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

Já no Brasil, as turbulências políticas e CPI da Covid ficam no foco, assim como a pesquisa mensal de serviços de maio. Há ainda a expectativa pela votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No exterior, o sinal negativo prevalece nas bolsas europeias e futuros de Nova York nesta manhã, com investidores à espera da temporada de balanços e após as bolsas nova-iorquinas terem subido na sexta-feira, fechando a semana em máximas históricas.

As bolsas do Velho Continente, por sua vez, encerram a última sessão com alta de mais de 1%. As bolsas asiáticas refletiram hoje o rali de sexta-feira nas bolsas ocidentais, sendo que a Bolsa de Xangai fechou no azul também após o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) anunciar um corte de compulsório bancário na sexta-feira, liberando recursos para mais empréstimos. As dúvidas em torno da variante delta do coronavírus e seus possíveis impactos sobre a recuperação econômica mundial, no entanto, seguem no radar.

Brasil

Por aqui, a influência do rali de sexta-feira nas bolsas de Nova York nos negócios locais nesta volta de feriado e fim de semana pode ser ofuscada pelo tom negativo hoje no exterior e pela deterioração do cenário político. Além disso, o dólar mais forte ante outras moedas emergentes também pode pesar sobre o real em dia de agenda global esvaziada. A escalada da turbulência política coloca o presidente Jair Bolsonaro cada vez mais acuado e o mercado doméstico bem mais atento ao desenrolar da CPI da Covid, atritos do presidente com os demais Poderes e piora da sua popularidade.

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A mais nova denúncia que pesa sobre o governo, que já é algo de suspeitas de corrupção na compra de vacinas, é a de que o Ministério da Saúde escolheu a FBM Farma, uma empresa multada e advertida pelo menos 75 vezes por descumprir contratos com o próprio governo federal para fornecer diluentes a imunizantes da Pfizer contra a covid-19.

Na política, pesquisa Datafolha mostra que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva venceria Jair Bolsonaro num eventual segundo turno por 58% a 31%; 54% dos brasileiros são favoráveis a impeachment de Bolsonaro; e 70% acreditam que existe corrupção no governo.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) adiou para hoje a leitura e votação do relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Se a LDO não for aprovada em plenário até o dia 17 de julho, o recesso formal – entre 17 e 31 de julho – terá que ser suspenso.

Agenda Powell, inflação e balanços dos EUA no radar

A agenda internacional tem como destaque a apresentação de um relatório de política monetária pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, na quarta-feira.

Além disso, o BC americano publica o Livro Bege no mesmo dia e, no Reino Unido tem a inflação ao consumidor (CPI). Na quinta-feira, tem produção industrial dos EUA de junho e a Opep divulga seu relatório mensal. Ainda nos EUA, sai o CPI de junho dos EUA na sexta-feira, mesmo dia em que serão conhecidas a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), balança comercial da zona do euro e vendas no varejo americano.

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Nesta segunda-feira, o presidente do Fed de NY, John Williams (vota) participa de evento organizado pelo Banco de Israel (10h30) e o Eurogrupo realiza reunião. A temporada de balanços dos EUA traz amanhã JPMorgan e Goldman Sachs; Wells Fargo, Bank of America e Citigroup, na quarta-feira; e Morgan Stanley, na quinta-feira.

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