A queda no preço das passagens aéreas deu a maior contribuição para conter a inflação oficial no país em fevereiro. O subitem recuou 10,71% no mês, um impacto negativo de 0,09 ponto porcentual (pp) para a taxa de 0,83% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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As passagens aéreas já tinham registrado queda de 15,22% em janeiro. No ano, o recuo acumulado é de 24,29%. “As passagens aéreas tiveram alta de mais de 80% nos últimos quatro meses do ano passado. Os preços das passagens aéreas não voltaram para o patamar que estavam antes dos últimos quatro meses do ano (de 2023)”, ponderou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
As passagens aéreas vinham de uma alta acumulada de 82,03% nos quatro meses anteriores, de setembro a dezembro de 2023. O gasto das famílias com o grupo Transportes saiu de um recuo de 0,65% em janeiro para uma alta de 0,72% em fevereiro, contribuindo com 0,15 ponto porcentual para a taxa do IPCA do último mês.
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Em fevereiro, houve pressão da alta de 2,93% nos preços dos combustíveis. A gasolina subiu também 2,93%, item de maior pressão sobre a inflação do mês, 0,14 ponto porcentual. Os demais combustíveis também aumentaram: etanol (4,52%), gás veicular (0,22%) e óleo diesel (0,14%).
O táxi avançou 0,64%, devido aos reajustes de 4,21% no Rio de Janeiro a partir de 1º de janeiro, de 4,61% em Salvador a partir de 1º de janeiro, e de 8,31% em Belo Horizonte a partir de 8 de fevereiro. O ônibus urbano ficou 1,91% mais caro, influenciado pelo reajuste de 4,53% em Vitória a partir de 14 de janeiro e da recomposição da tarifa em Rio Branco após aplicação de gratuidade nos dias 17, 24 e 31 de dezembro.
Além disso, houve influência do aumento nas tarifas em São Paulo com o restabelecimento da tarifa após aplicação de gratuidade aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro.
São Paulo também teve incorporação residual do reajuste de 13,64% nas tarifas de trem e metrô a partir de 1º de janeiro.
“Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público subiu 9,36% nessa área (São Paulo)”, ressaltou o IBGE. No Rio de Janeiro, houve redução de 4,05% nas tarifas de trem a partir de 2 de fevereiro.
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