

A Previ anunciou nesta segunda-feira (14) que vendeu todas suas ações da BRF (BRFS3), em uma operação que movimentou R$ 1,9 bilhão. Com os recursos, o fundo de pensão vai comprar títulos públicos de longo prazo.
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A Previ anunciou nesta segunda-feira (14) que vendeu todas suas ações da BRF (BRFS3), em uma operação que movimentou R$ 1,9 bilhão. Com os recursos, o fundo de pensão vai comprar títulos públicos de longo prazo.
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A Previ tinha ações da BRF desde 1994 e a zeragem da posição aconteceu no pregão da B3 da última sexta-feira, dia 11 de julho. “A Previ concluiu o processo de desinvestimento do Plano 1 na BRF, encerrando um ciclo de mais de três décadas de participação no ativo”, afirma comunicado do fundo de pensão.
“A venda integral da posição em BRF ocorre em um momento oportuno, diante do atual cenário macroeconômico internacional e incertezas quanto ao futuro da empresa, após a incorporação pela Marfrig”, afirma comunicado do fundo de pensão.
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“As ações foram negociadas por valor superior ao oferecido aos minoritários no caso de exercício do direito de recesso, se a fusão entre BRF e Marfrig se concretizar”, ressalta a Previ.
A Previ tem se posicionado publicamente contra a fusão da BRF com a Marfrig. “A operação representa uma decisão estratégica e bem-sucedida, que antecipa possíveis impactos negativos decorrentes da futura incorporação”, destaca o fundo de pensão.
Entre as razões, a fundação destaca que a relação de troca proposta na fusão com a Marfrig “não reflete adequadamente” o valor da BRF, o que poderia resultar em perdas para os acionistas minoritários e, consequentemente, para os associados. “Ao antecipar-se à efetivação da fusão, a Previ protege o patrimônio dos participantes e reafirma seu compromisso com decisões técnicas.”
A Previ começou a investir na BRF ainda quando a empresa não tinha esse nome, na época por meio de participações nas companhias Sadia e Perdigão. A rentabilidade acumulada da BRF nos últimos dois anos foi de 120,30%, contra 14,62% do Ibovespa no mesmo período, segundo o fundo de pensão.
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A Previ destaca que, ao longo dos anos, a BRF enfrentou desafios operacionais, mas também apresentou períodos de recuperação. Em 2024, registrou o melhor desempenho da sua história e pagou R$ 1,1 bilhão em juros sobre capital próprio. No primeiro trimestre, o lucro líquido foi de R$ 1,2 bilhão, o dobro do mesmo período do ano anterior.
Os R$ 1,9 bilhão da venda estão sendo revertidos em compras de títulos públicos federais de longo prazo, como NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B), com taxa média de 7,45% mais a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
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