O Bank of America (BofA) elevou o seu preço-alvo para as ações da Prio (PRIO3) para R$ 67, 70,01% acima do fechamento da última terça-feira (27). A decisão visa a incorporação da participação da petroleira em 60% do campo de Peregrino, mesmo que parcialmente compensada por uma taxa de câmbio mais valorizada.
Para os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Marcondes e Nicolas Barros, a taxa interna de retorno (IRR) da aquisição para Prio é de 19%, considerando os preços do Brent a US$ 60 por barril. No entanto, levando em conta a estimativa do banco de US$ 70 por barril, a IRR sobe para 28%.
“Além disso, acreditamos que a Prio também pode melhorar a realização de preço do campo via maior poder de negociação com empresas de logística ou misturando com petróleo mais leve de outros campos operados pela empresa”, afirmam o trio de analistas, considerando que a petroleira tem um histórico de criação de valor por meio de fusões e aquisições.
Ademais, o banco estima que a Prio tenha uma produção consolidada de 111,4 mil barris por dia (bpd) em 2025, chegando a 205,5 mil bpd em 2026. Para isso, a instituição leva em conta a aquisição de Peregrino, o início das operações de Wahoo e a perfuração de dois poços produtores no campo de Frade. Com isso, a produção da Prio deve atingir seu pico em 2028, com 225 mil bpd.
O BofA também vê um fluxo de caixa ao acionista (FCFE) acumulado de 72% em 2026 e 2027, mesmo em suas projeções mais conservadoras. Dessa forma, reitera a sua recomendação de compra para Prio.