Peregrino, Bacia de Campos. (Foto: Rodrigo Santos e Roberto Kattan/ Divulgação Equinor)
As ações da Prio (PRIO3) caem após a empresa informar que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou o FPSO (navio-plataforma que pode produzir, armazenar e transferir petróleo e gás) Peregrino. Na segunda-feira (18), os papéis recuaram 3,14%, liderando as baixas do Ibovespa. Já nesta terça-feira (19), estendem as perdas e cedem 2,71% cotados a R$ 36,57.
Para o Itaú BBA, o movimento de desvalorização representa uma oportunidade de compra das ações da petroleira. Considerando um prazo de seis semanas para a retomada da produção e assumindo que a Prio será compensada por sua participação de 60% no campo, o banco estima um impacto em torno de US$ 71 milhões, que não justifica o tamanho da queda recente dos papéis.
“Nesse contexto, acreditamos que, nos níveis atuais de preço, o mercado está precificando um cenário em que a produção só retorna em cerca de oito semanas, sem compensação e ainda com um possível prêmio de risco – o que vemos como uma perspectiva bastante conservadora”, afirma o BBA, que tem recomendação outperform (equivalente à compra) para PRIO3 com preço-alvo de R$ 62.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Prio afirmou que a Equinor, atual operadora do ativo, iniciou imediatamente os ajustes necessários para cumprir os requerimentos com maior rapidez. Os trabalhos devem levar de três a seis semanas, segundo a previsão atual.
Como parceira e futura operadora, a Prio (PRIO3) afirmou que trabalha em colaboração com a Equinor, “contribuindo com todos os recursos possíveis para a resolução da matéria”, diz o comunicado.