A XP Investimentos ajustou o preço-alvo da Prio (PRIO3) de R$ 67,20 para R$ 64, o que representa um potencial de valorização de 43% com base no fechamento de segunda-feira (22). Apesar dessa revisão, a recomendação de compra foi mantida, com a alteração do preço visando refletir os impactos dos atrasos na produção devido à greve do Ibama, parcialmente balanceados por uma taxa de câmbio mais favorável.
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No curto prazo, a petroleira enfrenta a necessidade de workover (intervenções em poços de petróleo) em três poços (ODP3 em Frade, TBMT-8H e TBMT-10H em Tubarão Martelo), pendentes de autorização do Ibama. Esses poços representam uma redução de aproximadamente 4,5 mil barris por dia (kbpd) na produção. Além disso, a produção de julho será afetada pela manutenção programada da Albacora Leste (ABL), e as greves continuam a postergar o aumento de produção de Wahoo e o desenvolvimento da ABL.
Os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm reconhecem os desafios de curto prazo, mas ainda veem a ação da Prio como uma escolha atrativa no setor, ao lado da Petrobras (PETR4). Eles destacam o potencial de valorização e os catalisadores positivos futuros, como o fim da greve do Ibama e possíveis aquisições.
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A corretora também destaca que, apesar dos desafios, a ação da petroquímica apresenta um bom retorno, com 12% de Fluxo de Caixa do Acionista (FCFE) em 2024, e perspectivas de crescimento significativo de produção e catalisadores no médio prazo.
Para o segundo trimestre, cujos resultados serão divulgados em 6 de agosto, espera-se um aumento no volume de vendas da Prio. A XP antecipa resultados robustos, impulsionados por um volume de petróleo de 8,5 milhões de barris (bbl), alta de 12,6% no comparativo trimestral, superando a produção de 8,2 milhões de bbl, que registrou alta de 1,8% no mesmo período.
*Com informações do Broadcast