O Ministério da Economia revisou mais indicadores da grade de parâmetros macroeconômicos utilizados nos cálculos da execução orçamentária de 2022. Os dados estão no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre. O relatório foi enviado ao Congresso Nacional na sexta-feira e detalhado pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira.
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A equipe econômica elevou a projeção para a Selic média em 2022 de 12,15% para 12,35%. Já a projeção do Ministério da Economia para o câmbio médio deste ano passou de R$ 5,02 para R$ 5,13. A previsão para a alta da massa salarial nominal passou de 16,32% para 18,09%. Já a estimativa para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional passou de US$ 102,78 para US$ 107,45.
Contingenciamento O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º Bimestre trouxe a necessidade de um bloqueio adicional no Orçamento de R$ 6,739 bilhões para o cumprimento do teto de gastos. Segundo a Pasta, o detalhamento do bloqueio sairá no dia 29, com a publicação do decreto de programação orçamentária.
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A equipe do ministro Paulo Guedes informou que a necessidade de bloqueio incorpora a derrubada de veto à Lei Paulo Gustavo, que aumenta a despesa em R$ 3,86 bilhões, e aprovação do piso salarial dos agentes comunitários de saúde, que eleva os gastos públicos em R$ 2,24 bilhões.
No Relatório, a Economia também alterou a estimativa de déficit primário total de 2022 de R$ 65,490 bilhões para R$ 59,354 bilhões, segundo dados divulgados há pouco. A meta de resultado primário do Governo Central deste ano é de saldo negativo de até R$ 170,5 bilhões.
A projeção da equipe econômica para as receitas primárias totais da União neste ano passou de R$ 2,167 trilhões para R$ 2,226 trilhões. Já a estimativa para a receita líquida – livre de transferências para os governos regionais – passou de R$ 1,722 trilhões para R$ 1,774 trilhões neste ano.
Do lado das despesas primárias, a previsão de gasto total em 2022 passou de R$ 1,787 trilhão para R$ 1,834 trilhão. Com as revisões deste relatório, volume de gastos obrigatórios passou de R$ 1,632 trilhão para R$ 1,679 trilhão, enquanto as despesas discricionárias passaram de R$ 155,173 bilhões para R$ 154,246 bilhões neste ano.
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