Analistas da XP Investimentos esperam que o Banco do Brasil (BBAS3) distribua em torno de R$ 17 bilhões em dividendos em 2025. A projeção leva em conta a expectativa de que os resultados do banco no próximo ano tragam um lucro estável ou levemente acima do estimado para 2024.
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A corretora relembra que, em fevereiro deste ano, a empresa anunciou que o seu Conselho de Administração (CA) aprovou a proposta de elevação do payout (percentual do lucro de uma empresa que será distribuído entre os acionistas como proventos) de 40% para 45% no exercício de 2024, via juros sobre o capital próprio (JCP) ou dividendos.
“Mantido o percentual de 45% em 2025, podemos ver uma distribuição total da ordem de R$ 17 bilhões. Isso representaria mais um ano com um dividend yield de duplo dígito para os acionistas do Banco do Brasil“, afirmam os analistas da XP em relatório. Vale lembrar que o dividend yield é um indicador calculado a partir do valor de dividendos pagos pela empresa dividido pelo preço de suas ações.
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Na visão da casa, porém, a companhia reportou resultados negativos no terceiro trimestre de 2024, impactados principalmente por um aumento significativo na provisão para perdas com empréstimos, em grande parte devido ao segmento de agronegócio. O lucro líquido foi de R$ 8,9 bilhões, 2% abaixo das estimativas da XP. Mais detalhes do balanço da instituição podem ser conferidos nesta matéria.
“Não descartamos um possível impacto negativo nas ações em decorrência do resultado trimestral. No entanto, reafirmamos nossa visão de que o BB ainda está negociando a múltiplos com desconto e mantemos nossa recomendação de compra para BBAS3“, pondera a casa.
Pagamento de R$ 2,76 bilhões em proventos
O Banco do Brasil anunciou na última quarta-feira (13) que aprovou a distribuição de R$ 2.758.680.166,26 a título de remuneração aos acionistas, montante relativo ao terceiro trimestre de 2024. O valor por ação corresponde a R$ 0,48330421704.
A quantia será paga no dia 6 de dezembro deste ano, tendo como base a posição acionária de 25 de novembro de 2024, sendo as ações negociadas “ex-JCP” (sem direito aos proventos) a partir de 26 de novembro.
De acordo com a instituição, o crédito será por conta corrente, poupança-ouro ou por caixa. Os acionistas cujos cadastros estejam desatualizados terão suas remunerações retidas até a efetiva regularização de seus registros em uma das agências do BB. A regularização cadastral poderá ser efetuada mediante a apresentação de documento de identidade, CPF e comprovante de residência, se pessoa física, ou estatuto/contrato social e prova de representação, se pessoa jurídica.
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Aos acionistas com ações custodiadas na Central Depositária da B3, os valores serão pagos à entidade, que os repassará aos acionistas titulares, por meio de seus respectivos agentes de custódia. No caso do JCP, haverá retenção de imposto de renda de 15% na fonte, de acordo com a legislação vigente. Os acionistas dispensados da referida tributação deverão comprovar esta condição até 27 de novembro em uma das agências do Banco do Brasil.