A rede de farmácias Raia Drogasil (RADL3) deve apresentar resultados do primeiro trimestre deste ano ainda “fracos” na opinião do Citi. Segundo o banco, a receita líquida deve atingir R$ 11 bilhões, um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar de faturamento melhor de janeiro a março, a margem deve cair 10 pontos-base (bps), de acordo com o relatório assinado pelos analistas Leandro Bastos e Renan Prata.
“Prevemos mais um trimestre fraco, com a receita líquida perdendo ainda mais força, com vendas de medicamentos maduros com alta de 4%, impactada pela continuidade de comparações difíceis com produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, que foram impulsionados no ano passado com o surto de dengue e maior comercialização de repelentes, e pelo efeito calendário de ano bissexto em 2024”, informa o relatório.
Diante disso, a estimativa do Citi é de que a margem Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) mostre uma queda de 70 bps no período, alcançando 6,3%. Já o Ebitda deverá chegar a R$ 689 milhões, 2% a mais do que o apresentado no mesmo período de 2024. A estimativa de lucro para a companhia é de R$ 237 milhões, alta de 11% no comparativo trimestral.
“Permanecemos cautelosos, pois a persistência do fraco momento no curto prazo deve continuar alimentando revisões negativas”, afirmam os analistas.
O Citi tem recomendação Sell (equivalente à venda) para as ações daRaia Drogasil (RADL3), com preço-alvo de R$ 17, o que representa uma desvalorização de 15,5%, em relação ao último fechamento. O resultado financeiro da empresa está previsto para terça-feira (6) após o fechamento – veja aqui o calendário de balanços desta semana.